segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pontassolense vence Camacha por 2-0 in Jornal de Noticias da Madeira

Pontassolense vence Camacha por 2-0
Marcar cedo para depois controlar
Num jogo, nem sempre bem disputado, o Pontassolense venceu na tarde de ontem a Camacha por 2-0. Esperava-se um bom jogo de futebol, mas não foi isso que aconteceu, pelo que, para isso, deverá ter contribuído o golo marcado muito cedo pela formação da casa, logo aos 3’ por intermédio de Marquinhos, que aproveitou uma desatenção de defensiva da Camacha, para inaugurar o marcador. O golo madrugador refreou os ânimos dos forasteiros que nunca conseguiram impôr o seu futebol ao longo desta primeira parte, pelo que, não foi de estranhar que pouco depois da meia hora de jogo, o Pontassolense marcasse o seu segundo golo no jogo, beneficiando de novos problemas no sector defensivo da equipa da Camacha. Gleibson foi mais lesto e aos 35’ ampliou a vantagem, resultado com que se chegou ao intervalo. No reatamento, pensava-se que a Camacha viria disposta a alterar o rumo dos acontecimentos, mas a verdade é que foi do Pontassolense a melhor oportunidade com a bola a esbarrar na tarve de Cortes a remate de um jogador da casa. É certo que por vezes a turma forasteira conseguiu pegar no jogo, mas por outro lado nunca criou nenhuma verdadeira situação de golo iminente junto da baliza de Nuno Carrapato. No final vitória justa do Pontassolense, que diga-se de passagem, acabou por ter uma tarefa bem mais facilitada do que aquela que se esperava.

Golo logo a abrir deixaram os camachenses sem capacidade de reacção

Bastaram 35 minutos para o Pontassolense 'despachar' a Camacha no dérbi madeirense da II Divisão, zona sul. Os comandados de Vítor Miguel entraram a todo o gás e logo aos 2 minutos já estavam em vantagem. Marquinhos bem solicitado na esquerda entrou na área e sem dificuldades atirou rasteiro à saída do guarda redes Cortes. Antes do apito para as cabinas, Gleibson aos 35 minutos viria a consumar o resultado, ao finalizar subtilmente no centro da pequena área, uma bonita jogada sobre a direita de Marquinhos.

Antes, logo após o primeiro golo, em desvantagem nos minutos iniciais, a Camacha nunca se encontrou e muito menos conseguiram se adaptar à pressão imposta na zona intermediária pelo quinteto formado por Valter, Bruno, Marquinhos, Gleibson e Rúben. A juntar a estes, a linha defensiva azul-amarela não permitiu que os camachenses criassem qualquer oportunidade de golo.

A perder, a intranquilidade nada habitual mormente no sector defensivo e intermédio apoderou-se dos jogadores forasteiros. Passes transviados, perdas de bola não deram consistência ao ataque formado por Anderson e Evandro.

Pelo contrário, Pontassolense com jogadores sempre em constante movimento com triangulações rápidas iam criando sérias dificuldades ao último reduto da turma azul e branca.

À saída para a segunda parte, José Barros retirou Pita e Evandro, colocou Marcos e José Paulo, mas foi o Pontassolense a entrar melhor com José Pedro a enviar a bola à barra após cobrança de um ponta pé de canto. Assistiu-se depois a uma reacção da Camacha, mas a verdade é que sem criar grandes ocasiões de golo.

Reacções

Bruno (capitão Pontassolense): "Num cenário de grandes dificuldades que temos vindo atravessar (as pessoas sabem ou têm a noção daquilo que estou a falar) só homens de grande carácter é que conseguem mostrar dentro de campo aquilo que fizemos hoje. Vencemos com inteira justiça".

José Barros (treinador ADC): "Não estivemos bem, principalmente na primeira parte. Cometemos dois erros crassos ao permitir os dois golos. Reagimos na segunda parte estando mais próximos da nossa imagem. O Pontassolense venceu com inteira justiça".

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Taça de Portugal in Diário de Notícias

Nunca os quartos-de-final estiveram tão perto e defrontar um
adversário do mesmo escalão, em casa, abre excelentes perspectivas
à Associação Desportiva da Camacha de seguir em frente na
Taça de Portugal. Para que esse objectivo se concretize será necessário
ultrapassar o Pinhalnovense, tal como ditou o sorteio da Taça
de Portugal realizado ontem na sede da Federação Portuguesa de
Futebol. Integrar o lote dos oito finalistas está perfeitamente ao alcance
da equipa madeirense que assim terá a oportunidade de continuar
a sonhar com um grande, FC Porto ou Sporting, caso ultrapassem também
os respectivos adversários. Camacha e Pinhalnovense são velhos conhecidos
e neste confronto a tradição não é muito favorável aos madeirenses,
nomeadamente nos jogos caseiros. Nas duas visitas ao Campo da Nogueira,
a equipa de Pinhal Novo venceu sempre (1-0 em 2003/04 e 2-1 na
época seguinte). Na única vez em que mediram forças na Taça, em 2006/07
, o desfecho voltou a ser favorável ao Pinhalnovense (2-0 na 5.ª
eliminatória disputada em Pinhal Novo). Mais recentemente, em Setembro,
num jogo a contar para a 2.ª jornada do Campeonato Nacional da
II divisão Zona Sul, registou-se um empate a um golo. Uma coisa é certa:
no próximo dia 20 de Janeiro será feita história no Campo da Nogueira,
já que ambas as equipas nunca estiveram nos quartos-de-final da prova
rainha do futebol português.

Dados históricos aparte , a verdade é que o sorteio foi 'amigo', daí
o treinador José Barros não esconder "o desejo de concretizar o sonho
de estar presente na final do Jamor."

"Tínhamos o objectivo de encontrar uma equipa em que tivéssemos
50% de hipóteses de passar e isso aconteceu. Vamos jogar em casa e
no aspecto desportivo isso é bom. Fiquei satisfeito com o sorteio
e vamos fazer todos os possíveis para continuar a fazer história", realçou
José Barros, que tem ideia semelhante daquela apresentada pelo técnico
adversário (ver destaque). "Nestes jogos normalmente não existem
favoritos. Há 50% de hipóteses para cada lado até porque são equipas
do mesmo escalão", disse o treinador da AD Camacha sem esquecer
os pontos fortes do adversário. "Têm qualidade e estão a fazer um
bom campeonato. Conta com jogadores rápidos e experientes. Estão
reunidas todas as condições para um bom jogo e vamos tentar fazer
valer o factor casa", concluiu.

Passar para atenuar a crise...

Cauteloso, mas confiante. O presidente da AD Camacha, Celso Almeida,
adverte para a qualidade do opositor e considera que "não são favas contadas
." Ainda assim, ficou satisfeito com o adversário que saiu na 'rifa'. "Foi
um sorteio que nos beneficiou, mas agora temos de mostrar a nossa
qualidade em campo", referiu para depois deixar um objectivo, mas
também um lamento: "Temos problemas financeiros. Estamos a sofrer
com a falta de dinheiro enquanto outras equipas da mesma divisão
estão em dia. Por isso, numa próxima eliminatória, gostaríamos de
jogar em casa com um grande para regularizar a situação dos jogadores."

"50 % para cada lado", diz Paulo Fonseca

Na temporada 2006/2007, depois de ter afastado a AD Camacha,
a equipa de Pinhal Novo viveu um dos momentos mais importantes da
sua história quando defrontou o Sporting (derrota por 6-0), nos oitavos-de-final
da Taça de Portugal. Três anos depois há nova oportunidade para chegar
mais além, embora o treinador do Pinhalnovense, Paulo Fonseca, reconheça
que "o sorteio não foi favorável" devido ao valor do adversário. "É uma equipa
muito forte e que está a fazer um excelente campeonato. A Camacha
vale pela sua organização colectiva. É forte em todos os sectores e tem
bons jogadores. Por tudo isto será um jogo bastante difícil. Mas temos
as nossas ambições e que passam por seguir para a eliminatória
seguinte", apontou Paulo Fonseca que enquanto jogador representou
o Marítimo em 97/98. "Penso que vai ser um jogo em que ambas
as equipas vão ter 50% de hipótese de passar", acrescentou ao
DIÁRIO o treinador do Pinhalnovense.


Pedro Freitas Oliveira

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Camacha vence Estrela da Amadora in Jornal de Notícias

Golo marcado nos descontos
Camacha vence Estrela da Amadora
Um golo do médio Custódio já no penúltimo minuto do período de compensações garantiu a vitória da Camacha frente ao Estrela da Amadora. Um triunfo para a melhor equipa num jogo com poucas oportunidades de golo e aquém das expectativas.
A equipa lisboeta subiu até à Camacha com o claro objectivo de jogar para o empate. Apresentou-se sempre com um modelo de jogo conservador e só a espaços saía para as acções ofensivas, por isso ao longo de todo o jogo fez dois remates dignos desse nome à baliza camachense.
Já a formação de José Barros tinha uma excelente oportunidade de ultrapassar o seu adversário na tabela se vencesse o jogo. Por isso uma postura mais ofensiva e a criação de algumas oportunidades que poderiam dar golo se houvesse outra eficácia dos homens da frente. Ainda na primeira parte foi anulado um golo à Camacha, numa decisão correcta do árbitro, mas ficaram muitas dúvidas na anulação de um outro na etapa complementar. Mas quem procura chegar à vitória muitas vezes consegue lá chegar e foi isso que aconteceu no quarto de cinco minutos de compensação dado pelo árbitro. Numa das derradeiras jogadas na área do Amadora o médio Custódio (94) aproveitou o ressalto e rematou para o golo da vitória. Um triunfo justo que chegou no dealbar da partida para gáudio dos adeptos da equipa da casa que agora é terceira da Zona Sul.

Camacha, 1 Estrela da Amadora, 0 Grande festa para além da hora in Diário de Notícias

A Camacha conseguiu ontem, com um pouco de sorte à mistura, uma importante vitória, no último minuto dos descontos, diante do Est. Amadora, num jogo fraco, no qual não se registou um único lance de perigo.

A partida foi muito 'mastigada', com as equipas a revelarem maiores cautelas defensivas, do que vocação ofensiva. A partida arrastou-se de forma lenta e previsível, sem que nenhum dos conjuntos se tivesse superiorizado, pelo que o empate teria sido o resultado perfeito.

José Barros apostou numa defesa com três centrais, libertando os laterais - Carlos Manuel e Paulinho - para palcos mais distantes, mas nunca a equipa ganhou a dimensão ofensiva necessária, esbarrando no poder do meio-campo contrário, constituído por jogadores bastante experientes.

Enquanto isso, lá atrás, a defesa deu inteira segurança, não concedendo espaços aos robustos avançados contrários. Portanto, sem que nada o fizesse prever, a Camacha conseguiu chegar à vitória... no último suspiro. Com um golo polémico, por suposta mão de Anderson na bola, que depois sobrou para Custódio e a encostou para o fundo da baliza. Os amadorenses protestaram muito, mas o árbitro nada assinalou.

Para uma equipa que atravessa um período difícil ao nível financeiro, a vitória acaba por ser um prémio para quem não desiste e acredita.

Nota final para a infelicidade do brasileiro Celso, que terá sofrido uma grave entorse com fractura do perónio. Tanto infortúnio.

Reacções

Cortes (guarda-redes da Camacha): "Foi uma vitória muito difícil e suada. Jogámos contra uma equipa muito forte, que pratica um bom futebol. Esta vitória enaltece o profissionalismo dos jogadores da Camacha, que estão a viver uma situação muito difícil ao nível financeiro. Demonstrámos que somos bons profissionais mas é difícil viver com ordenados em atraso".

sábado, 5 de dezembro de 2009

José Barros e Joaquim Rodrigues vencem de novo prémio 'treinador do mês' in Diário de Notícias

'Suspeitos do costume' ganham novamente

José Barros e Joaquim Rodrigues vencem de novo prémio 'treinador do mês'
Data: 05-12-2009

José Barros voltou a ser eleito o 'treinador do mês', agora de Novembro,
da II Divisão pela equipa de reportagem do DIÁRIO que, semanalmente,
acompanha a competição.

A distinção foi, no entanto, mais renhida que a anterior, já que entre
os jornalistas e colaboradores do nosso matutino houve muita divergência
de opinião. Seis optaram por destacar a prestação do técnico
camachense durante o mês passado, enquanto outros quatro optaram
por privilegiar o trabalho de Nélson Caldeira, à frente da equipa B do Marítimo.

Há ainda que registar os três votos garantidos por Daniel Quintal, treinador
do União, apesar de alguns azares durante o mês de Novembro, ainda que
tenha deixado a equipa no segundo lugar.

O 'Treinador do mês' deixou a Camacha o 5.º lugar da classificação.
Equipa que, recorde-se, regressou este ano ao presente escalão mas que
parece, pelo desempenho, nunca de lá ter saído

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Árbitro condicionou espectáculo in Diário de Notícias

Oriental 1-1 Camacha

Árbitro condicionou espectáculo
Data: 30-11-2009

A Camacha vinha de duas derrotas consecutivas para o campeonato e
este jogo, no reduto do actual segundo classificado, era o ideal para
os seus atletas provarem que não tinham perdido o fulgor das primeiras
jornadas. E o empate conseguido, conjugado com uma exibição convincente,
prova que os pupilos de Zé Barros continuam a dar boa conta de si e até
podiam ter saído de Marvilha com uma vitória.

Durante o primeiro tempo, o Oriental controlou as operações, embora
sem criar grandes oportunidades. O golo acabou por surgir num lance
fortuito, com a barreira a desviar um livre marcado por Carlos Alves.

Os camachenses entraram para a 2.ª etapa com outra atitude, dominando
por completo. A entrada de Joel Santos deu outra dinâmica ao meio-campo
insular e foi dos pés do veterano que saiu o cruzamento para o cabeceamento
certeiro de Dally para o empate. Num bom espectáculo, foi pena a arbitragem
não ter estado à altura. O árbitro Rui Patrício mostrou muitos amarelos por
tudo e por nada - muitas vezes mal - e devia ter expulsado Sérgio Mendonça
à beira do intervalo.

M.G.V

Oriental 1-1 Camacha in Jornal da Madeira

Oriental 1-1 Camacha
Lances de bola parada determinaram o resultado
A AD da Camacha averbou ontem uma igualdade (1-1) em Marvila, num jogo em que
os lances de bola parada foram determinantes.
Quanto ao jogo, teve duas partes distintas: na primeira os madeirenses jogaram
na expectativa, oferecendo a iniciativa ao adversário e apostando no contra-ataque;
na segunda os camachenses apostaram tudo no ataque, pelo facto de se encontrarem
em desvantagem.
A equipa da casa chegou à vantagem aos 27 minutos, por intermédio de Carlos Alves,
na cobrança de um livre directo,
Os visitantes repuseram a igualdade, na etapa complementar, aos 66 minutos, também num
lance de bola parada, cobrado por Agrela, com o avançado Dally a cabecear batendo
o guarda-redes Mota.
Nos minutos finais o domínio foi rapartido, com as duas equipas a desfrutarem de boas
oportunidades, mas com as defesas a se sobreporem, pelo que o resultado não se alterou.

Pais Correia

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Camacha 1 Vigor Mocidade 0 in Diário de Notícias da Madeira

Futebol - 4.ª Eliminatória da Taça de Portugal

Camacha 1 Vigor Mocidade 0 - Vitória muito suada


A Camacha fez história ontem ao passar pela primeira vez desde
a sua formação, em 1978, à quinta eliminatória da Taça de
Portugal, numa vitória difícil mas justa por 1-0 frente ao Vigor
e Mocidade.

Foi uma primeira parte muito equilibrada, em que a equipa
visitante, de uma divisão inferior à Camacha - 3.º divisão,
série D - veio disposta a fazer taça, tal a atitude, empenho
e qualidade do seu futebol, não condizente com o nono lugar
que esta equipa ocupa no seu campeonato. Do lado da Camacha
notou-se desde logo que as poucas alterações promovidas
pelo professor José Barros tinham roubado alguma qualidade
e entrosamento entre os jogadores, desempenho ao qual não
era alheio os últimos maus resultados da equipa.

De qualquer forma, foi sempre a Camacha a equipa que esteve
por cima no jogo, criando várias oportunidades flagrantes de
golo que ora o desacerto dos avançados, ora o acerto do
guarda-redes Emanuel impediam. Aos 11 minutos os camachenses
viam a equipa da casa marcar por intermédio de Anderson,
mas o assistente, Bruno Brás, anulou o lance, marcando fora de jogo.

Contudo, a melhor oportunidade dos primeiros 45 minutos pertenceu
à equipa de Coimbra, por intermédio de China que, na cara do
guarda-redes Fábio, chutou para fora depois de uma infantilidade
incrível do central Elton. A segunda parte trouxe um jogo
muito idêntico. A equipa visitante voltou a entrar bem na partida,
algumas vezes com transições rápidas entre os seus jogadores,
outras com lançamentos directos para os seus avançados, facto
que ia baralhando a defesa contrária.

Aos 52 m. fez-se história no estádio da Camacha quando, após
um atraso, o guarda-redes Fábio bateu um pontapé de
70 metros, colocando imediatamente a bola nas costas da defesa
do Vigor e Mocidade. A classe e a velocidade de Anderson
fizeram o resto, com um arranque poderoso, o avançado da
Camacha (o melhor jogador em campo), deixou os defesas para
trás e na saída do guarda-redes adversário fez um chapéu. Estava
feito o mais difícil.

Camacha vence e faz história na Taça de Portugal in Jornal de Notícias da Madeira

Camacha vence e faz história na Taça de Portugal
Missão cumprida...
A vitória da Camacha foi em muito valorizada pela réplica condigna oferecida pela equipa do concelho de Coimbra. Com efeito, o Vigor da Mocidade, que, recorde-se, na eliminatória precedente, havia afastado da prova o Cruzado Canicense, mostrou valor muito acima, do que a sua classificação na sua série, na III Divisão Nacional, mostra.
Os visitantes actuaram de “olhos-no-olhos”, não se amedrontando com o maior poderio dos madeirenses. O primeiro sinal de maior perigo, pelos madeirenses, foi dado por Evandro à passagem dos 25’, valendo na circunstância Emanuel. Apesar de ser da Camacha o maior domínio territorial, os visitantes em lances de contra-ataque, mantinham sempre em respeito, o extremo-reduto dos insulares. Aos 34’, um erro crasso de Elton quase valia o golo ao Vigor, faltou talento a China para fazer melhor. Na resposta, 3 minutos volvidos, Anderson voltou a colocar à prova Emanuel. A partida estava aberta e o golo poderia suceder em qualquer uma das balizas.
Na segunda parte, foram os visitantes os primeiros a estar perto do golo, marcava o relógio os 50’, quando Fábio Oliveira já com Fábio batido, rematou ao lado. Contudo, pouco depois, o guarda-redes da Camacha lançou uma bola para as costas da defesa visitante, muito bem aproveitada por Anderson que com um “chapéu” marcou o tento, que se revelaria decisivo na história da contenda.
No minuto seguinte, Fábio Oliveira foi derrubado na área da Camacha, com Nuno Almeida a nada assinalar.
O jogo estava agradável, com lances de parada e resposta. Aos 58’, Evandro numa arrancada fantástica, criou imensos problemas para a defesa dos forasteiros. O Vigor da Mocidade tudo tentava para chegar à igualdade, mas a atenção da defesa madeirense derrubava as suas intenções. E foi mesmo a Camacha quem poderia ter chegado a novo golo, mas Mauro sobre o risco, evitou que o remate de José Paulo originasse males maiores para a sua equipa.
A emoção pairou até ao apito final, com a Camacha a terminar com quatro defesas centrais de raíz (Agrela, Elton, Paulinho e Celso), no claro intuito de evitar males maiores e já em período de descontos, foi Emanuel com a defesa da tarde, que negou o golo a Custódio.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Camacha sem “estrelinha” in Jornal da Madeira

Odivelas marcou sempre contra a corrente do jogo
Camacha sem “estrelinha”
A “estrelinha da sorte” bafejou, no jogo de ontem, a formação do Odivelas. Num relvado bastante pesado e à medida que o encontro ia decorrendo, piorava, em virtude da forte chuva que caíu ao longo dos noventa minutos de jogo. No entanto, foi a equipa madeirense a primeira a dar sinal de perigo com Joel Santos a rematar ao travessão, na sequência de um livre frontal.
A partida decorria equilibrada, sem grandes oportunidades de lado a lado. Foi novamente Joel Santos quase em cima do intervalo a rematar com perigo. Na resposta, Pedro Neves marcou a contar para a equipa da casa.

Segunda metade madrasta para os madeirenses

No reatamento, a Camacha veio disposta a dar a volta aos acontecimentos, no entanto foi o Odivelas , que com alguma sorte aumentou a vantagem por intermédio de Kalá, com a bola a embater num defesa madeirense. Na resposta a Camacha reduziu por José Paulo, golo que deu algum alento à equipa da Camacha e que levou os madeirenses à procura do golo do empate.
O técnico José Barros aumentou a frente de ataque da sua equipa tendo em conta este objectivo, mas o relvado piorava conforme os minutos passavam e tornou-se difícil para os madeirenses explanarem o seu bom futebol.
De resto, acabou mesmo por ser a equipa da casa que num rápido contra-ataque e já em período de compensações a obter o terceiro golo, novamente por intermédio de Kalá, que desta forma bisou na partida, colocando um ponto final nas aspirações madeirenses.
Até final os madeirenses bem tentaram reduzir a desvantagem, mas a verdade é que os escassos minutos que restavam por disputar, a mais nada permitiu, sendo que o resultado não mais sofreu alterações.

Pais Correia

Infelicidade camachense in Diário de Notícias da Madeira

Odivelas 3-1 Camacha

Infelicidade camachense
Auto-golos de Joel Santos e Elton apressaram derrota dos madeirenses
Data: 16-11-2009

A formação da Camacha foi a que entrou melhor na partida, cedo remetendo o Odivelas
para o seu sector mais recuado e poderia mesmo ter inaugurado o marcador aos
6 minutos, quando Joel Santos rematou forte, de fora da área, direito à barra da baliza
do guarda-redes odivelense.

Esse lance parece ter tido o condão de "acordar" os locais, que aos poucos foram
equilibrando o jogo, retirando a sua defesa do sufoco inicial e começaram também
a aparecer com perigo junto da baliza de Cortez, quando aos 18m. Pedro Neves
tentou um toque em habilidade, que por pouco não enganou o guarda-redes azul
e branco e aos 30m Gregory rompeu a defesa e tentou servir Samir, numa
jogada só interrompida pelo capitão Agrela, muito bem posicionado e a afastar
o perigo no momento exacto.

No segundo tempo, tudo igual, com a Camacha a ter entrar melhor e aos
51m Celso a ter oportunidade de marcar de cabeça, mas a dirigir mal a bola
e esta a sair ao lado da baliza do Odivelas. Quando os locais tentavam equilibrar
de novo a partida, foram bafejados por outro golpe de sorte. Ao minuto 59 remate
forte de Kalá a embater na canela de Elton e com o esférico a ser desviado para
a baliza sem que Cortez pudesse evitar mais um auto-golo.

Na resposta a Camacha reduziu por Dally a dar o melhor seguimento à marcação
de um canto e o Odivelas chegaria ao terceiro golo já em período de compensação
aproveitando um contra-ataque e numa jogada individual de Bóbó.

O resultado aceita-se, embora se considere que por números exagerados, face à
reacção do Odivelas à impetuosa entrada da Camacha e porque a equipa madeirense
nunca se adaptou ao estado lastimável do relvado.

Arbitragem regular.

Reacções

Paulo Reis (Treinador do Odivelas): "Foi uma vitória muito saborosa, mas também
muito merecida. Resultado justo para a minha equipa, um grupo muito jovem, mas
cheio de capacidades. Estes resultados ajudam a elevar o nível anímico da minha equipa".

José Barros (Treinador da Camacha): " Primeiro quero dar os parabéns aos meus jogadores
- foram extraordinários. Depois quero dizer que é um resultado injusto, com praticamente
três auto-golos. Procurámos jogar, mas não fomos felizes, a fortuna não nos acompanhou.
A derrota tem números exagerados e nos últimos dois jogos há muita coisa estranha que
nos tem acontecido".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Barros e Rúben em destaque in Diário de Notícias

Barros e Rúben em destaque

Diário distingue os melhores entre os 'madeirenses' da II Divisão na fase inicial da época
Data: 11-11-2009

José Barros foi eleito o técnico em foco no arranque da II Divisão pela
equipa de reportagem do DIÁRIO que,semanalmente,acompanha a competição.

A distinção acaba por assumir contornos claros para os jornalistas e colaboradores do nosso matutino que, quasepor unanimidade, optaram por destacar a prestação
do técnico camachense nesta fase inicial da época futebolística.

O 'Treinador do mês' - embora neste caso tenha sido tido em consideração
o desempenho registado em Setembro e Outubro - conduziu a Camacha
até ao 3.º lugar da classificação. Equipa que, recorde-se,
regressou este ano ao presente escalão mas que parece, pelo desempenho,
nunca de lá ter saído.

Daniel Quintal (União SAD), com dois votos, e Nélson Caldeira (Marítimo B), com um, também não ficaram
em branco nesta primeira ronda de votações da presente temporada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Invencibilidade ficou na Igreja in Diário de Notícias da Madeira

Camacha, 0 Igreja Nova, 1

Invencibilidade ficou na Igreja

Quem diria que os camachenses perderiam a invencibilidade em casa? Certamente
ninguém, de boa fé, dado o futebol que a equipa azul e branca tem apresentado durante a
época em curso.
Mas também ninguém adivinharia que os camachenses descessem tanto em termos
exibicionais tendo em conta a qualidade apresentada recentemente...

Com efeito, o primeiro tempo foi sempre mal disputada, mas o domínio pertenceu
exclusivamente aos donos do terreno. O Igreja Nova recolhia-se praticamente ao seu
meio-campo defensivo, dificultando também os processos ofensivos dos camachenses,
particularmente desinspirados na tarde de ontem.
A melhor ocasião de perigo da etapa inicial pertenceu a Anderson mas surgiria após
um erro infantil do guardião forasteiro, que saiu da baliza sem justificação aparente
e o avançado camachense quase aproveitava esse seu 'devaneio' pontual.
Na segunda parte, a Camacha tentou acelerar o seu futebol, mas não conseguiu evitar
alguns contragolpes do adversário. E foi na sequência de um desses lances rápidos e
de uma desatenção grosseira da defensiva camachense, que o Igreja Nova marcou o
tento decisivo do embate.
Decorria o minuto 69 quando Daniel Nunes encontrou Hélder Costa na área,
completamente liberto de marcação, que não teve dificuldade em visar a baliza
camachense com sucesso. Os camachenses tentaram diluir o prejuízo, mas nunca
conseguiram furar a muralha defensiva adversária.

Reacções

José Barros (técnico da Camacha): "Foi um jogo muito pobre, principalmente da Camacha
pelo que tem habituado os adeptos a assistir em casa, e naturalmente o resultado não nos
satisfaz, e devo confessar que pouco fizemos para ganhar. Creio que o empate seria o resultado
mais justo, mas infelizmente as coisas não nos correram bem, já desde Abril de 2008 que não
perdíamos em casa, esta época também foi a única derrota que tivemos. Pronto isto não nos vai
deitar abaixo vamos continuar a trabalhar, foi um percalço".

Rui Paulo (técnico do Igreja Nova): "Conseguimos fazer um bom jogo, a Camacha é uma equipa
com grande qualidade, mas não lhe demos espaço".

António Gonçalves

Camacha perde... in Jornal de Noticías da Madeira

Resultado a roçar a escândalo na Camacha, com a equipa local a perder na recepção ao Igreja Nova, penúltimo da classificação que não havia, até esta altura, vencido ainda qualquer jogo. O desaire torna-se ainda mais relevante, dado que na normalidade - leia-se triunfo da equipa de José Barros – a liderança seria um facto, porque o Estrela da Amadora cumpriu a sua parte, na recepção ao líder Atlético, conquistando os três pontos. Na Camacha, acabou por prevalecer o tento solitário de Hélder Costa, num dia em que os camachenses realizaram uma exibição muito “fraquinha” e apenas podem se queixar de si próprios na derrota que, em simultâneo, constitui a grande surpresa da jornada.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Com receio de perder


Empate aceita-se, mas madeirenses estiveram melhor no cômputo geral

Nos primeiros 45 minutos foram alguns os lances de perigo junto das duas balizas. Os locais ainda reclamaram um pretenso penálti, quando David Mateus caiu dentro da área, mas a resposta dos insulares não se fez esperar, com Anderson (16m) a obrigar Botelho a defesa atenta. Na resposta, Rolão quase aproveitou um erro defensivo da Camacha e ainda antes da primeira meia hora, José Paulo, de livre, esteve perto do golo. Numa partida de parada e resposta, o 1-0 para o Atlético apareceu, por intermédio de Rolão (38m). Um canto do lado direito, desvio de Sérgio Brás e o capitão dos lisboetas a marcar. A perder ao intervalo, a Camacha veio disposta a alterar o rumo dos acontecimentos e teve a felicidade de empatar logo aos três minutos. Um cruzamento com conta, peso e medida que o costa-marfinense Dally deu o melhor caminho. As duas equipas passaram, então, a jogar um futebol mais directo, com o Atlético, com lançamentos longos, a tentar “furar” a “defesa de betão” dos insulares. Estes, por sua vez, apostavam em rápidos e perigosos contra-ataques e estiveram, mesmo, mais perto do golo. Foram os casos de Rogerinho, Anderson e Evandro que, por pouco, não batiam de novo Botelho. Os locais apenas no último minuto de compensação podiam, também, estragado a festa dos ilhéus, mas seria um castigo demasiado pesado para aquilo que a Camacha produziu no jogo. O jogo acabou por ser um bom espectáculo e não defraudou as expectativas dos dois primeiros da tabela.
No final, José Barros, treinador da Camacha, diria que «tivemos sempre o jogo controlado, mas num erro nosso sofremos o golo. Podíamos mesmo ter chegado à vitória, mas a igualdade, diante de um digno opositor, aceita-se».

Atlético 1-1 AD Camacha - in Diário de Notícias

Empate em 'casa' do líder soube a pouco
Camachenses pareceram não se contentar com o empate e foram à procura de mais

Era o jogo mais esperado da jornada, pois opunha os dois primeiros classificados. Por isso, podemos considerar que a qualidade do futebol praticado ficou um pouco a desejar. O empate, que se ajusta, deixa tudo na mesma em termos classificativos, mas provavelmente os visitantes devem ter saído de Alcântara com o amargo de boca, devido às boas oportunidades que criaram ao longo da partida.
A Camacha, cujos objectivos são bem modestos, continua a surpreender neste campeonato e promete, como aconteceu ontem, criar muitas dores de cabeça aos candidatos à subida e bater-se "taco-a-taco" com as equipas teoricamente mais fortes desta Zona Sul. Os insulares continuam invictos e demonstram ser um conjunto extremamente organizado dentro das quatro linhas.
O Atlético entrou ligeiramente melhor no encontro, procurando assumir as despesas dos acontecimentos, mas sempre com um futebol pouco objectivo. Do outro lado, a dupla Anderson e Dally criava boas jogadas de ataque, causando alguns calafrios na defesa contrária. E quando os camacheiros pareciam ter tudo controlado, Rolão inaugurou o marcador para a formação da casa.
O tento sofrido desorientou os madeirenses nos minutos finais do primeiro tempo, mas a entrada na etapa complementar não podia ser melhor. Dally, de cabeça, deu o melhor seguimento ao canto apontado por Agrela, restabelecendo a igualdade.
Os pupilos de José Barros não se davam por satisfeitos com o empate e continuaram a rondar a baliza de Botelho, através dos livres de Rogeirinho e da técnica de Anderson. Contudo, faltou sempre alguém na área para finalizar.
A derradeira oportunidade do encontro acabou por pertencer aos lisboetas, com Tuga a falhar escandalosamente o golo da vitória.
A arbitragem de José Godinho, de Évora, ficou a desejar.

Reacções

António Pereira, treinador do Atlético: "Foi um bom jogo, entre duas equipas que queriam ganhar. Penso que tivemos mais perto da vitória, mas o empate premeia aquilo que a equipa da Camacha fez".

José Barros, treinador da Camacha: "Como previa, foi um encontro disputado e sabia que a diferença aconteceria nas bolas paradas. Penso que tivemos sempre o jogo controlado, mas num erro nosso o adversário chegou à vantagem. O nosso objectivo continua a ser manutenção, mas o que vier por acréscimo é bom".

sábado, 31 de outubro de 2009

Mu(danças) de treinadores

Mudanças de treinadores

Na jornada passada assistiu-se a uma anormal estreia de treinadores nas suas respectivas equipas. Facto que se tem tornado numa realidade constante nos nossos campeonatos. Mas porquê tanta aversão à estabilidade dos quadros técnicos? Será que é uma situação premeditada?

A mudança normal ou anormal de treinadores também se prende à vertente empresarial do futebol. Clubes e empresários estão sem dúvida na base de tanta mudança. Tráfico de influências é constante e evidente onde se sobrepõe, muitas vezes, ao poder de decisão dos clubes. Mas se tal acontece é devido à falta de uma estratégia de um rumo e de um projecto dos clubes. Há uma evidente exploração dos clubes pelos dirigentes, há um sentimento claro de se servirem dos clubes e não servirem os clubes. E quem perde é sempre o treinador. Solitário, desprotegido e muitas vezes alheio ao fenómeno negro negocial do futebol, acaba por ser vítima de um sistema onde prevalece a injustiça, a incoerência e a hipocrisia.

O futebol é um negócio, ninguém tem dúvidas disso. O futebol anda de mão dada com a comunicação social e o sucesso que, por vezes, surge a quem estiver melhor relacionado e não a quem é mais capaz. E quando isso acontece assistimos a um proteccionismo exacerbado que permite que se digam e façam coisas sempre com a devida protecção.

Credibilizem o jogo, a verdade desportiva. Não acabem com o futebol como previa Nelo Vingada num colóquio recente. Promovam a competência que de certeza todos irão tirar dividendos positivos desse tipo de actuação.