segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Camacha 0 Nves 0 in Diário de Notícias da Madeira

Ineficácia penaliza Camacha

desporto@dnoticias.pt
Camacha somou segundo empate. Foto Joana Sousa/Aspress
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Árbitro errou ao anular um golo a dino, mesmo nos instantes finais
Foi um jogo de maior predominância ofensiva d a Camacha, só que desperdiçou inúmeras oportunidades de golo que podem fazer falta no apuramento atendendo ao grupo selectivo de equipas com pretensões a esse objectivo.
A mais flagrante aconteceu após uma descida de Dino pela direita, cruzou e Diop rematou ao poste. Foi a melhor jogada desta fase. Apesar de mais posse de bola, faltou a fluidez necessária e a presença constante de jogadores na área. A velocidade de Dino, os passes de João Barreto e a pressão sobre os defesas foram insuficientes.
No segundo tempo, houve melhor definição de jogo e o ataque com mais dinâmica, obrigando a defesa adversária a defender-se num bloco baixo.
Boas combinações de Tito e Dino Sousa pela esquerda abriu várias vezes a defesa contrária – aos 48’, 52, 55 e 78 - mas o remate foi pouco eficaz.  A entrada de Dani Ladeira trouxe ainda mais dinâmica mas os remates saíram sem direcção. A equipa madeirense teve oportunidades para alcançar outro resultado.
Golo mal anulado a Dino
Já no tempo de compensação e após um centro largo da direita, Dino saltou e marcou. O árbitro anulou sem razão aparente. Este juiz cometeu erros e alguns lances mal assinalados, influenciou o resultado do jogo, quedando-se pelo trabalho medíocre. De facto, foi ontem o pior elemento em campo.
O resultado sem golos castiga a ineficácia mas foi bem visível uma equipa com mais soluções para fazer frente à Série A. A Camacha, no primeiro jogo em casa, demonstrou argumentos para realizar um campeonato positivo. Tem é de acertar o remate, o que é fundamental para manter-se na luta pelos objectivos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Argozelo 3 Camacha 3 in Diario de Notícias


Camacha deixa escapar vitória já nos descontos

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Jogo bastante emotivo no Vimioso. A Camacha esteve a poucos instantes de alcançar a vitória, mas sofreu um golo já em período de descontos. De qualquer modo, esse momento não apaga a boa exibição que a equipa madeirense rubricou ontem no arranque do campeonato. 
A equipa orientada por José Barros adiantou-se no marcador aos 22 minutos num golo da autoria de Dino, sublinhando a boa entrada no jogo. Mas o Argozelo reagiu e chegou ao empate aos 45 por Tiago Antunes, ele que foi um dos melhores em campo ao bisar no jogo de ontem. A equipa da casa completou a reviravolta na segunda parte, aos 52 minutos, num golo de Pedro Sousa.
Os madeirense não atiraram a toalha ao chão e acreditaram sempre que era possível sair com um resultado positivo deste primeiro jogo. Marquinhos empatou aos 66  e apenas nove minutos depois Diop colocou a Camacha novamente em vantagem. Um justo prémio para a persistência da equipa madeirense. Só que o Argozelo tudo fez para não ter uma estreia negativa e pressionou com mais frequência tentando criar perigo junto da baliza de Christopher. Já em período de descontos a equipa da casa acabou por chegar mesmo ao golo do empate, novamente por Tiago Antunes.

domingo, 2 de agosto de 2015

Apresentação com triunfo em dia de aniversário

Camacha celebra com vitória

  • Camacha venceu Marítimo B, por 2-1, no jogo de apresentação.
  • AD Camacha, em festa, venceu o Marítimo B, que será adversário no Campeonato Nacional de Seniores. 
  • Camacha venceu Marítimo B, por 2-1, no jogo de apresentação.
  • AD Camacha, em festa, venceu o Marítimo B, que será adversário no Campeonato Nacional de Seniores. 
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Triunfo (2-1) frente ao marítimo b no jogo de apresentação aos sócios
No jogo de apresentação oficial aos sócios, a AD Camacha venceu o CS Marítimo B por 2-1. Os golos da Camacha foram apontados por Marquinhos e Tito, ambos na primeira parte. Na segunda parte, marcou, pelo CS Marítimo, Filipe Oliveira. Num jogo onde se destaca a grande exibição do Guarda-Redes da Camacha, Cristóvão, assegurando, por diversas vezes a superioridade no marcador.
Depois do jogo, a direcção ofereceu aos jogadores um pequeno almoço convívio, no qual o presidente da colectividade, Celso Almeida, aproveitou para dar as boas-vindas aos reforços, mas também endereçar palavras de incentivo ao plantel.
“Orgulhamos-nos de ser o clube com maior permanência nos Campeonatos Nacionais. Este clube já deu atletas olímpicos e treinadores de grande calibre. Temos uma equipa com qualidade e capaz de lutar pelos primeiros lugares”, referiu.
Disse ainda que “a direcção compromete-se a fazer de tudo para que desportivamente e financeiramente os jogadores se possam sentir bem, para lutarem pela subida à Segunda Liga”.
Amanhã, prosseguem as celebrações do 37.º aniversário, com um jantar para sócios e simpatizantes, às 20 horas, no Restaurante Abrigo do Pas

Entrevista a José Barros

Entrevista a José Barros, treinador do Camacha

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jose_barros
Estivemos à conversa com José Barros, treinador que, esta temporada, continua a comandar a equipa da Camacha, após o 7.º lugar da época passada na D do Campeonato Nacional de Seniores (e posterior 5.º lugar na fase de manutenção).
– Futebol Portugal – Esta época, e numa altura em que acabaram de se realizar os sorteios das séries do Campeonato Nacional de Seniores, qual é o grande objetivo da Camacha?
– José Barros – Podemos catalogar dois objetivos nucleares. O primeiro é garantir a manutenção no campeonato Nacional de Seniores, efetuar uma participação digna na Taça de Portugal e o outro passa por promover os jogadores, principalmente os mais jovens, de forma a que possam, num futuro próximo, competir em campeonatos mais exigentes. A nossa estrutura não permite, nem reúne condições para pensar em outros voos.
– Futebol Portugal – Na sua perspetiva, quem são os grandes candidatos a ocupar os lugares de acesso à fase de promoção?
– José Barros – Este ano muitas equipas se assumiram como candidatos à subida e aos lugares de acesso à fase de promoção. Mirandela, Bragança, Limianos, Vilaverdense, Pedras Salgadas e Marítimo B, pela forma como se apetrecharam, investiram e a forma como estão a trabalhar perfilam-se como os principais candidatos aos dois lugares cimeiros. Dessa forma, prevejo um campeonato difícil.
– Futebol Portugal – Em relação ao plantel da temporada passada, haverá muitas mexidas para 2015/2016?
– José Barros– Felizmente não. A nossa principal preocupação foi renovar com a maior parte dos atletas de forma a dar continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido. Não tendo os recursos dos nossos adversários temos que arranjar formas de encurtar distâncias. Na minha óptica é com estabilidade que se consegue atingir isso. Depois das renovações procuramos apetrechar as vagas com jogadores que nos pudessem acrescentar qualidade.
– Futebol Portugal – Quais são as principais dificuldades com que se depara para formar um plantel competitivo?
– José Barros – As dificuldades são enormes fruto da insularidade, dos recursos financeiros e da base de recrutamento que é limitada. O fato de sermos amadores dificulta, também, a tarefa e o processo de treino que por sua vez influencia a competitividade, principalmente quando enfrentamos equipas que operam e agem como estruturas profissionais e com jogadores que se dedicam a tempo inteiro à profissão. A nossa realidade é bem diferente. Até a pré-época está condicionada com a ausência de jogos de preparação. Neste momento existem 4 equipas nos campeonatos nacionais. Três delas ausentam-se da ilha para estágio. Ficamos sem equipas para defrontar. Por isso a equipa é testada praticamente em competição. Os nossos adversários podem realizar testes com diferentes equipas e graus de exigência distintos.
– Futebol Portugal – Uma equipa amadora, da Madeira, disputar um campeonato com tantas viagens ao Continente é um problema acrescido para a Camacha. Como contornar essa situação?
– José Barros – Sem dúvida mais uma condicionante que dificulta a nossa tarefa. Além dos custos que não são suportados pela FPF, ao contrário das equipas do continente, temos restrições ao nível da comitiva que viaja. Isto é, fruto das dificuldades financeiras só conseguimos viajar com 15 jogadores e muitas vezes no próprio dia que acarreta um desgaste maior. Daí que as nossas vitórias e conquistas são sempre muito saborosas e festejadas, porque sentimos que não competimos no mesmo pé de igualdade. Possuímos dificuldades acrescidas por esse motivo. Cada momento de sucesso é motivo de orgulho e premeia o esforço de todos; Dirigentes, sócios, equipa técnica, jogadores.
– Futebol Portugal – O que pensa do modelo que foi adoptado aquando da criação do CNS, com séries de 10 equipas em que as 2 primeiras se apuram para uma fase de subida e as restantes disputam uma fase de manutenção?
– José Barros – Não compreendo o modelo, nem o seu fundamento. Um campeonato nacional tem de ser uma competição de regularidade, onde o mérito tem de ser enaltecido e valorizado pelo o esforço e competência de uma época desportiva. Este modelo permite a desigualdade e não traz verdade desportiva à competição. Uma equipa que fique nos dois primeiros lugares e entre na fase de subida, pode perfeitamente desinvestir porque já garantiu a manutenção, perdendo competitividade e alterando a verdade desportiva. Esta fase serve muitas vezes para os clubes garantirem a manutenção. O modelo premeia quem é mais poderoso porque se pode investir para uma só fase do campeonato. Ou para chegar à fase de subida, ou se estiver na fase de manutenção, investir nesse período que coincide sempre com a abertura das inscrições em janeiro. As estruturas que não têm poder financeiro para o fazer acabam por se ressentir. E o rigor, a seriedade, o esforço que impõem durante a época acaba por, na maior parte das vezes, cair em “saco roto”. Fala –se muitas vezes que este modelo tem como finalidade tornar a competição mais competitiva. Pela experiência só há competitividade nas duas ou três equipas que querem subir e nas três últimas de cada série que não querem descer. Estes dados são reveladores que a competitividade é nos lugares de descida. Conclusão nivelou-se a competição por baixo.
– Futebol Portugal – A sua carreira de treinador tem sido quase sempre ligada à Camacha. No entanto, já passou por Marítimo B e União da Madeira. O seu sonho passa por voltar a uma estrutura profissional?
– José Barros – Sem dúvida, creio que é o passo seguinte. Estar numa ilha limita as opções de escolha, tal como a visibilidade. Apraz-me ter estado sempre no ativo desde que iniciei a minha carreira como treinador há 13 anos. Tenho consciência que terei de sair da ilha para abraçar outros projetos e voltar aos campeonatos profissionais. Sou treinador Uefa Pro, tenho essa ambição e sem dúvida competência. Resta me continuar a desempenhar as minhas funções com rigor e máximo profissionalismo para que quando a oportunidade surgir estar apto e capaz de corresponder às expectativas e às exigências. Sempre procurei estar atualizado, a par do que melhor se faz na modalidade e às suas tendências evolutivas. O estágio que fiz no AS Mónaco acompanhando a pré época é revelador disso, permitiu-me observar uma realidade diferente e atualizar os meus conhecimentos e aptidões.
– Futebol Portugal – Enquanto jogador passou muitos anos no Alentejo ao serviço do Estrela de Portalegre. Como aconteceu essa mudança e a viagem para a Madeira?
– José Barros – A mudança deveu-se a compromissos profissionais. Surgiu uma oportunidade de leccionar e continuar a praticar futebol. Não hesitei na altura e acabei por me radicar na ilha da Madeira. Projetos e oportunidades foram surgindo de forma natural e o meu envolvimento cada vez mais profundo acabou por determinar a minha permanência na região.
– Futebol Portugal – O José Barros nasceu em Angola. Como aconteceu a sua chegada ao futebol português?
– José Barros – O José Barros nasceu em Angola. Como aconteceu a sua chegada ao futebol português?
– Futebol Portugal – Pensa regressar a Angola para ajudar a desenvolver o futebol no seu país?
– José Barros Claramente que é um dos meus objetivos. Gostaria de treinar em Angola e contribuir para o desenvolvimento da modalidade naquele país. Acredito que é um país com grande potencial e sinto que poderei ajudar no seu desenvolvimento. Reservo, também, o desejo e ambição de treinar a sua seleção nacional e afirmá-la como uma das grandes potências no futebol africano.
O Futebol Portugal agradece a disponibilidade do técnico José Barros, desejando-lhe os maiores sucessos para a próxima temporada.