segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ribeira Brava 0 ADC 1 in Jornal da madeira


Sem ser um dérbi muito intenso foi o suficiente para assistirmos a um jogo disputado e com um vencedor que se ajusta ao desenrolar do jogo muito embora a AD Camacha, na ponta final do jogo, revelasse um maior empertigamento na tentativa de chegar à igualdade.
O solitário golo de Pedro Maurício, obtido numa altura em que os viscondes já o reclamavam com alguma legitimidade numa boa insistência de Dário pela esquerda, tentando a conclusão mas a ser precisa a intervenção do colega para desfeitear Sacramento vale ainda pela aproximação ao líder Varzim que agora dista apnas um escasso ponto dos madeirenses.
O início de jogo foi morno, algo desinteressante mas a verdade é que o Ribeira Brava dispôs de três chances e todas elas protagonizadas por Pedro Maurício que revelou algum nervosismo na hora de concluir.
A Camacha não oferecia perigo na frente mas acaba por dispor na recta final da metade inicial de um lance onde Ricardo Fernandes esteve prestes a igualar.
O golo do Ribeira Brava veio “aquecer” um pouco mais o dérbi, no bom sentido e com o árbitro a expulsar mal, em nosso entender, um jogador de cada equipa numa altura em que a Camacha tentava o futebol directo, sem grandes resultados práticos, para tentar chegar a um empate num jogo em que a vitória fica bem aos da casa.

Sérgio (jogador do Ribeira Brava): «Foi uma vitória justa da melhor equipa em campo, com algum sofrimento no fim após a expulsão mas vencemos bem. Continuamos a trabalhar para alcançarmos o nosso objectivo da manutenção o mais rápido possível. Gostaríamos de dedicar esta vitória ao Nuno Carrapato que viu a sua mãe falecer esta semana”.

José Barros: «Um dérbi com muita luta. O Ribeira Brava aproveitou bem o nosso erro para marcar e num jogo como este quem marcasse primeiro tinha muitas possibilidades de ganhar. O Ribeira Brava venceu com justiça. A derrota não afecta o nosso percurso da manutenção”.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

ADC 2 Ribeirão 1


A AD Camacha entrou a todo o gás frente ao Ribeirão a tentar aproveitar a clara subida de rendimento que já vem patenteando desde há alguns jogos. Com uma toada bastante ofensiva a Camacha parecia destinada ao sucesso. E foi assim que nos primeiros 10m, Rui Manuel e Douglas por duas vezes poderiam ter dado a vantagem à turma da casa. Foi pois, contra a toada do encontro que o Ribeirão se adiantou no marcador através de uma jogada de insistência de Andrew. O Ribeirão tinha-se mostrado inofensivo até à data e o golo trazia algum amargo de boca. A equipa da Camacha no entanto não desanimou e à passagem do minuto 15, Ricardo Fernandes quase igualava o placard com um belo remate à entrada da área. A Camacha intensificava ainda mais o seu domínio e aos 20m pediu-se grande penalidade por mão na bola de um defesa do Ribeirão. O Ribeirão tentava canalizar o seu jogo pelo lado esquerdo, tentando aproveitar o pendor ofensivo de João Góis. O Ribeirão mostrava também uma defesa muito acertada, onde pontificavam Régis e Bruno Alves. A Camacha continuava a carregar e Zé Paulo esteve a milímetros de conseguir o empate numa jogada muito confusa que chegou a dar a sensação de golo. Marocas teve também um bom remate à meia-volta que parou nas mãos de Ederson. O mesmo Marocas pouco depois, elevou-se muito bem e cabeceou à trave, já com Ederson totalmente batido. Com tanto caudal ofensivo, adivinhava-se o golo do empate que viria finalmente a acontecer aos 37m por Custódio a fuzilar de primeira as redes adversárias após mais uma jogada de insistência de Marocas. A Camacha não tirou o pé do acelerador e num rápido contra-ataque o Ribeirão quase se adiantava no marcador outra vez. As equipas foram para intervalo e a bem da verdade, o resultado era lisonjeiro para a turma do Ribeirão.
No reatamento esperava-se mais do mesmo. E quase logo no início deu-se a reviravolta, bola em profundidade com Zé Paulo a antecipar-se a Ederson e a cabecear para as redes desertas. Do lance resultou a lesão dos dois jogadores que ficaram maltratados devido ao choque de cabeças, tendo inclusive Ederson sido substituído por Marafona. Zé Paulo apesar de dois golpes voltou à partida e mereceu uma valente ovação. João Góis subiu de rendimento na 2ª parte e conseguia algumas investidas pelo seu flanco que iam semeando alguma desordem na defensiva contrária. Aos 64m, grande remate de Marocas que levou a bola a embater com estrondo no poste. Não era decididamente o dia de Marocas. O Ribeirão estava agora a tentar chegar ao empate, mas não conseguia criar situações de golo. A camacha procurava não baixar muito no terreno e procurava por sua vez o golo da tranquilidade. Após a cobrança de um canto por Zé Paulo voltou-se a pedir penalty por mão na bola, com vários jogadores da Camacha a protestarem, mas o árbitro mandou seguir. O Ribeirão procurava agora também explorar a qualidade do seu lateral direito (Régis) para iniciar os seus ataques. Aos 72m, rápido contra golpe da Camacha com Vinicius a ganhar a um defesa, a isolar-se e à saída de Marafona a falhar o passe para Barreto que só teria de encostar. Manifesta infelicidade de Vinicius em um daqueles lances que só acontecem a quem está lá dentro. Os últimos dez minutos foram mais lutados que jogados, mas mesmo assim Álvaro ainda podia ter dilatado o marcador fruto de mais um bom cruzamento de Michael. O Ribeirão conseguiu alguns cantos na segunda parte, manifestamente insuficiente para justificar o empate.
Foi um jogo de sentido único para a Camacha durante cerca de 70m, pelo que o resultado só peca por escasso. Foi mais uma boa exibição desta equipa da Camacha.
Benefício da dúvida para o árbitro da partida nos lances mais contestados, mas pareceu-nos excessiva a amostragem de alguns cartões amarelos. O amarelo a Rui Manuel foi nitidamente a pedido.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Marítimo B esteve a vencer, podia ter “morto” o jogo mas a Camacha soube reagir in Jornal de Notícias



6_202184.jpg justiça ou injustiça do futebol não tem uma linha definidora com que se possa traçar as fronteiras de um lado ou do outro.
Este intróito serve para dizer que a vitória da AD Camacha tem de ser aceite porque marcou dois golos contra apenas um do opositor e numa altura em que até vinha denotando mais raça, mais querer. E só assim se consegue empatar um jogo ao minuto 77, por Barreto e vencê-lo, no período de descontos pela cabeça de Ricardo Fernandes a acorrer bem a um livre “teleguiado” de Narcisse.
Se recuarmos ao início do jogo e em grande parte da primeira metade vamos encontrar duas formações que se encaixaram, jogando mais no meio-campo mas com o Marítimo a adiantar-se com um tento de cabeça de Filipe Paiva após a cobrança de uma falta. No segundo tempo o jogo foi mais “partido” e nessa altura o Marítimo teve duas possibilidades para ampliar com a Camacha, por Marocas, a atirar, de cabeça, à barra. Dino teve também nos pés o 2-0 na melhor fase do Marítimo. E quem não “mata morre”: a Camacha, voluntariosa empatou por Barreto e quando pouquíssimos esperariam completou a reviravolta num lance já descrito.




Ricardo foi a voz de comando...


A Camacha revelou igualmente uma atitude de jogo muito interessante. Nunca virou a cara à luta, qualidade que associada a outras esteve na base do seu sucesso.
A equipa, em desvantagem, expos-se um pouco mais e até poderia ter visto a sua “vida andar para trás” se o adversário aproveitasse algumas ocasiões onde poderia ter feito o 2-0. A Camacha tem mérito na forma como soube procurar desfazer o 1-0. Essa tarefa afirmou-se de uma forma mais nítida por nunca ter perdido a consistência e com o técnico a fazer reajustes nominais na equipa que foram melhorando a estruturação do grupo. A nível individual mas sempre englobados num ponto de vista estrutural porque só assim é que as equipas funcionam ou não....destacamos os jovens Ricardo Fernandes, que coroou a sua exibição com um bom golo, atacando bem, de cabeça, a bola milimetricamente lançada por Narcisse. Gostámos também das actuações de Barreto e Vinicius...entre outras.


João Góis (Camacha): «É uma vitória saborosa, estávamos a perder injustamente mas realizámos um trabalho árduo, o golo apareceu e depois continuámos a tentar até surgir a vitória que é merecida. Estávamos a um ponto do Marítimo, agora estamos a quatro, uma margem mais razoável. Vamos subir na tabela e alcançarmos os objectivos”.