Gestão de esforço sem perder pontos |
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Gestão de esforço sem perder pontos |
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Camacha 2-0 Atlético Cacém |
Diferenças naturais |
Data: 23-03-2009 |
Claramente em gestão de esforços, já com o pensamento na segunda fase e, obviamente, na subida de divisão, a Camacha alcançou ontem uma vitória fácil e justa. A Camacha apresentou-se num já famoso 4x4x2 em losango, de extrema mobilidade, mas sentiu algumas dificuldades para ultrapassar uma defesa muito subida, que obrigou a jogar demasiados minutos no meio-campo. O sistema é eficaz, ainda que as diagonais não estejam 'matematicamente' bem definidas. Apesar de tudo e de alguns 'trunfos fora do baralho', casos de Vítor Hugo e José Paulo, o jogo da Camacha foi suficiente para ganhar. A vitória começou a desenhar-se nos pés do guarda-redes Cortes, que num lançamento longo 'libertou' Dally, que depois de permitir uma primeira defesa a Marcelo - que bela exibição! - na recarga fez o golo. Reagiu bem a equipa da linha, que em dois lances poderia ter chegado ao empate, primeiro num remate de Emerson, para grande defesa de Cortes, e depois na sequência de um livre com três jogadores a falharem o último toque para a baliza. À meia hora, a Camacha voltou a acordar e não fosse o irritante individualismo de Rogerinho, poderia ter ampliado o 'score'. Na segunda parte, depois de um golo mal anulado a Nivaldo, por pretenso fora de jogo do madeirense, Rogerinho, num livre às 'três tabelas' - rematou à barra, tendo a bola depois embatido nas costas do guarda-redes antes de entrar - fez o golo da vitória. Dragan ainda falhou um penalti e Marcelo acabou herói ao evitar uma goleada quase certa. Reacções Vítor Hugo, jogador da Camacha: "Respeitamos o adversário que apesar da classificação tem valor. Com argumentos mais fortes, grande entrega e humildade conquistamos os três pontos que era o nosso objectivo. Estamos felizes por começar a segunda fase com 30 pontos e agora o objectivo é conquistar o mais rapidamente possível a subida de divisão, o grande objectivo da época." Eduardo Almedia, treinador do At. Cacém: "As duas equipas queriam ganhar, foi um jogo aberto, bem disputado, mas o resultado não foi muito justo, porque tivemos oportunidades para marcar. A Camacha está de parabéns. Não estamos empenhados em lutar pela manutenção mas sabemos que é muito difícil". |
Filipe Sousa |
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Os principais campeonatos organizados pela F.P.F têm sofrido, nos últimos anos, diversas modificações na sua estrutura e composição. Medidas, alterações que não têm sido nada abonatórias à sobrevivência dos clubes. Muito pelo contrário, campeonatos, promoções, despromoções decididas não pela regularidade qualitativa que advém de uma competição de jornadas, mas por “play-offs”, coeficientes, grandes penalidades..., enfim inúmeras incoerências. Estas decisões só trouxeram e agravaram as dificuldades que os clubes têm vindo a revelar nestes tempos, além de que a verdade desportiva há muito que se afastou das lides do futebol. Tudo isto, graças a eruditos, especialistas, intelectuais, que idealizaram toda esta estrutura, que já se revelou ser ineficaz, ridícula e inoperável.
Quem se responsabiliza por todo este fracasso?
O que já foi feito demonstrou ser um autêntico desastre, o que se está a fazer um verdadeiro fiasco, e o que está para vir não é mais do que uma forma de aniquilar aqueles que sobreviveram a todos a estes atentados intelectuais e desportivos.
Creio que é uma boa altura para dar espaço a novas ideias, a novas visões, a novas perspectivas afim de se evitar a extinção do futebol em Portugal, na sua vertente mais saudável, interessante e apaixonante. Há que dar espaço a novos rumos, à reestruturação sustentável dos quadros técnicos das federações e associações, dos quadros competitivos, da formação, de forma a acompanharmos a evolução natural dos tempos.
Atravessamos um período de crise financeira; não passemos, também, por uma crise intelectual e ideológica.
José Barros Araújo
Vitória de quem mais procurou o golo |
Camacha nem precisou acelerar |
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Camacha 2-0 Rio Maior |
Marcar cedo facilitou |
Data: 09-03-2009 |
Começar bem (marcar) foi o mote para acabar ainda melhor (vencer). Com um golo no início do jogo e outro logo após o reatamento, a Associação Desportiva da Camacha cedo construiu e cimentou a vitória que permitiu dilatar ainda mais o 'fosso' para o seu 'perseguidor', num jogo desinteressante na primeira parte e mais mexido na segunda metade, disputado debaixo de uma chuva miudinha. Um livre tipo 'canto mais curto' com assistência perfeita de Dragan para a cabeça de Celso ao segundo poste, abriu o caminho do triunfo. Contudo e até ao intervalo o jogo foi monótono dado o equilíbrio que predominou a meio campo. Os continentais só remataram pela primeira vez com a direcção da baliza aos trinta e cinco minutos, enquanto que os madeirenses falharam pouco depois um excelente ensejo de ampliar a vantagem. Golo feliz de Geufer Após o intervalo, a troca de equipamento parece ter motivado mais a equipa madeirense. Uma jogada de insistência de Elton, resultou no golo feliz de Geufer. A Camacha foi mais ofensiva neste período, mas coube ao Rio Maior perder a um quarto de hora do fim uma oportunidade incrível de reduzir e relançar a incerteza do resultado final. Boa arbitragem do trio que viajou de Évora. Reacções Nelson Gouveia (adjunto da Camacha): "Vitória justa e tranquila da equipa que foi sempre melhor durante o jogo, apesar de em vários momentos o adversário tivesse assumido o jogo, embora também consentido da nossa parte. São só mais três pontos. Ainda faltam 12 jogos, pelo que temos muito ainda para fazer" Paulo Torres (técnico do Rio Maior): "Entrar no jogo a perder tornou-nos a tarefa muito complicada. Ainda equilibrámos, mas foi um jogo difícil, com resultado justo, perante uma equipa que é líder com mérito". |
Orlando Drumond |
Camacha virtual vencedora da Série E |
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Camacha, 3 Futebol Benfica, 0 |
Eficácia 'ilude' dificuldades |
Data: 02-03-2009 |
A Camacha consolidou a liderança da prova, ao vencer, de forma concludente, o Futebol e Benfica. O resultado deixa, no entanto, transparecer facilidades inexistentes. Foram mesmo os forasteiros a entrar melhor no jogo, criando vários embaraços à defesa contrária. A apatia inicial camachense só não teve piores consequências porque Semedo foi incapaz de finalizar uma grande penalidade, decorriam dezoito minutos da partida. 'Acordada' por este lance, a equipa da casa começou, finalmente, a mostrar serviço. Depois de uma ameaça de Dally, Dragan surgiu na área livre de marcação, inaugurando o marcador pouco tempo antes do intervalo. Na segunda parte, a Camacha voltou a evidenciar enorme eficácia, ampliando o 'score' no seu primeiro ataque. Dally e Rogerinho 'desenharam' um bonito lance de contra-ataque, assinado por Geufer. Mas, se o pénalti da primeira parte serviu de 'despertador', este segundo golo funcionou como 'calmante'. Os locais voltaram a abrandar e o Futebol e Benfica a falhar ocasiões suficientes para, pelo menos, relançar o jogo. A 'morte' tanta vez anunciada dos mais perdulários não demorou a confirmar-se. Com um aproveitamento quase total, a Camacha resolveu definitivamente a partida com o golo de José Paulo. Quanto ao trabalho do árbitro, apenas ficam dúvidas acerca da grande penalidade assinalada. |
Pedro Araújo |