sexta-feira, 27 de abril de 2012

O espelho quase fiel da época


Curiosamente, no jogo em que os números, ou como tantas vezes se diz, a Matemática, confirmou a impossibilidade da equipa da AD Camacha alcançar os pontos necessários para permanecer na IIª Divisão, na próxima época desportiva, serviu igualmente este jogo para espelhar de forma quase fiel, aquilo que foi a época, ou melhor dizendo, a totalidade ou quase totalidade dos jogos da equipa.
Dificilmente um jogo apenas poderá resumir e representar na perfeição toda uma época. Mas neste caso, o jogo da AD Camacha, do passado fim de semana (Fafe 1-1 AD Camacha), apresenta uma analogia impressionante com o conjunto dos jogos da equipa camacheira. De tal forma que, terá apenas faltado, neste jogo, uma daquelas decisões de arbitragem em desfavor da equipa da ADC, que em determinada fase da época, de forma quase cirúrgica, tanto prejudicaram a equipa.
Comecemos pelo final e por aquilo que verdadeiramente fica para a história, o resultado - 1 a 1, e a confirmação (matemática) da descida de divisão.
- Se atendermos a que o jogo decorreu frente ao actual e provável 3º classificado no final do campeonato, ainda para mais em casa deste, onde em 14 jogos o Fafe havia ganho 11 e perdido apenas 3, o último deles já a 22/01/2012, à 16ª jornada, com o campeão Varzim, não registando até ao momento qualquer empate, poderíamos considerar o empate como "positivo".
- No entanto, se excluirmos o valor e a qualidade do adversário, bem como, o local onde decorreu o jogo, e nos centrarmos apenas na questão matemática do próprio jogo, poderemos ser levados a pensar que tratando-se de um jogo em que estão 3 pontos em disputa, o empate, ou seja, a conquista de "apenas" 1 ponto, é "um mal menor", ou o menos negativo dos resultados negativos.
- Se considerarmos que em consequência dos resultados alcançados até aqui e da consequente posição classificativa da equipa da ADC no inicio deste jogo, apenas a conquista dos 3 pontos em disputa, ou seja, a vitória neste jogo seria um resultado positivo, que permitiria ainda acalentar a esperança da manutenção na IIª Divisão, adiando todas as decisões para a última jornada, então, este empate de “nada vale” e este será mesmo um resultado tremendamente negativo.
Pois bem, dependendo da perspectiva de cada um (leitor), qualquer uma destas leituras será possível, embora se trate sempre do mesmo resultado (1-1), no mesmo jogo (Fafe vs AD Camacha) e com a mesma consequência - confirmação matemática da descida de divisão. Igualmente, dependendo da perspectiva de cada individuo, também a época desportiva - o trabalho e os resultados desportivos - da equipa da AD Camacha poderão ser julgados e "classificados" de diferentes formas.
Passando agora ao jogo propriamente dito, os espectadores presentes no estádio (Parque Municipal dos Desportos - em Fafe), assistiram a uma 1ª parte de domínio absoluto da equipa camacheira, quer ao nível da posse de bola, quer no número de situações de finalização e oportunidades de golo, com estas a sucederem-se com enorme frequência mas sem a eficácia desejada e necessária. Ou seja, uma vez mais, tal como em tantos outros jogos, a ineficácia na hora da finalização...
Decorria apenas o 3º minuto de jogo quando Narcisse deu o 1º sinal, embora com um remate fraco e à figura do guardião contrário, mas ao qual se seguiriam, até ao intervalo, mais de uma dúzia de remates, meia dúzia de pontapés de canto e uns quantos livres ofensivos, dois dos quais em zona bem perigosa para a baliza do Fafe. Havendo a destacar, logo aos 6 minutos, o remate à trave por intermédio de Amar. O mesmo jogador, apenas 4 minutos mais tarde, bem servido por Vinícius, já no interior da área remata por cima da baliza do Fafe e 4 minutos depois, invertem-se os papéis, sendo Amar a cruzar da esquerda e Vinícius com um excelente cabeceamento a obrigar o guardião contrário a grande intervenção, para canto. Era já o 3º canto da AD Camacha em apenas 14 minutos.
Aos 20 minutos, uma excelente combinação ofensiva entre Nivaldo e Amar termina com o remate deste último a passar rente ao poste direito da baliza do Fafe, e 4 minutos depois o resultado é semelhante, numa boa combinação entre Narcisse e Amar novamente com finalização do sérvio. Aos 34 minutos, através de um livre ofensivo à entrada da área do Fafe, ligeiramente descaído para a direita, a Camacha volta a criar perigo, obrigando o guarda-redes contrário a defesa apertada. E aos 38 minutos…é verdade, aos trinta e oito minutos, na sequência de um livre lateral ofensivo o Fafe obriga o guarda-redes da Camacha a intervir, agarrando sem problemas a bola cruzada para o interior da área.
Aos 39 minutos a Camacha volta a dispor de nova oportunidade de golo, mas Vinícius chega ligeiramente atrasado para a emenda ao cruzamento de Narcisse. E sobre os 45 minutos, nova tentativa de aproximação do Fafe à baliza de Luís Ribeiro, mas o remate após a conquista da 2ª bola na sequência de novo livre lateral ofensivo dos da casa, passa muito por cima.
Após o intervalo, os locais, que ainda aspiravam ao 2º lugar da classificação geral (pertencente ao Desportivo de Chaves, equipa que foi derrotada neste mesmo estádio, por 2-1, à duas jornadas atrás) entraram dispostos a mudar o rumo dos acontecimentos e a assumir mais o jogo, pertencendo-lhes mesmo o 1º remate nesta 2ª parte, logo no 1º minuto. Os jogadores da camacha não se deixaram intimidar e responderam de imediato através de duas situações de bola parada, aos 2 e aos 5 minutos. Mas, 10 minutos mais tarde, aos 60 minutos de jogo os locais chegam mesmo à vantagem no marcador num lance de insistência após um canto ofensivo.
Se o nulo que se registava no marcador até então, era já bastante lisonjeiro para a equipa da casa, a vantagem no marcador era de uma injustiça tremenda para a equipa da Camacha, que tendo ainda em conta tudo o que se encontrava em jogo, acabou por acusar o golo, possibilitando que o adversário assumisse o domínio do jogo nos 10 minutos seguintes. Período durante o qual, desperdiçaram inclusivamente uma soberana oportunidade para dilatar a vantagem, na sequência de um livre ofensivo que o guarda-redes camacheiro defendeu para a frente, corrigindo de imediato e opondo-se muito bem à recarga do jogador do Fafe.
O técnico José Barros mexeu na equipa e esta a pouco e pouco “voltou” ao jogo, equilibrando a partida. Aos 29 minutos deste 2º tempo Douglas num cruzamento remate muito traiçoeiro, obriga o guardião contrário a defender para canto e na sequência do lance é o central Rui Manuel quem cabeceia a bola ligeiramente por cima. O jogo estava repartido como ainda não havia estado até esta altura, com as situações de finalização e algumas oportunidades de golo a sucederem-se para ambas as equipas.
Poucos minutos volvidos é o Fafe quem dispõe de nova clara oportunidade para marcar, mas o guardião da camacha, com uma excelente defesa evita o golo. A Camacha responde, 1º por intermédio de Vinícius que numa excelente iniciativa individual deixa vários adversários para trás, rematando de seguida forte mas a bola que ainda é desviada muito ao de leve pelo guardião contrário passa a rasar a trave. E na sequência do pontapé de canto, é Douglas quem cabeceia o esférico fazendo-o passar rente ao poste esquerdo da baliza do Fafe.
Os locais voltam a criar algum perigo na cobrança de mais um livre lateral ofensivo ao que a camacha responde na “mesma moeda”, mas com mais acerto, instantes depois, alcançando mesmo a igualdade no marcador por intermédio do capitão José Paulo, com a bola ainda a desviar no corpo de um opositor. O técnico José Barros incentivava os seus jogadores para um último esforço e assumindo o risco total, trocava o central, Rui Manuel, por Barreto. Os jogadores da Camacha voltavam a acreditar que ainda era possível e balancearam-se ainda mais para o ataque, conseguindo ainda mais duas ou três aproximações à baliza adversária. No entanto, não conseguiria marcar mais nenhum golo e a ultima oportunidade de golo pertenceria mesmo à equipa da casa, já no 3º minuto da compensação.
Ou seja, uma vez mais, a AD Camacha apresentou-se organizada e personalizada, capaz de praticar bom futebol, conseguindo construir várias situações de finalização, quer através de jogo exterior, quer pela zona central; quer com a bola pelo chão, quer pelo ar; quer em bola corrida quer nos lances de bola parada; pecando, uma vez mais, na hora da finalização, não conseguindo materializar em golo mais oportunidades das várias de que dispôs. Acabando depois por sofrer (injustamente) o golo, num momento de algum desequilíbrio defensivo pontual.
E tal como em tantos outros jogos da equipa esta época, e por incrível que pareça, especialmente com as equipas mais organizadas e de maior qualidade quer individual quer coletiva, acabou por ser um pormenor, um momento, um erro ou falha, a fazer toda a diferença e a não permitir, uma vez mais, a conquista dos 3 pontos. Recorde-se que este foi o 29º jogo da equipa neste campeonato e em apenas 4 desses jogos a diferença no marcador, em desfavor da equipa, foi igual ou superior a 2 golos (Varzim e Macedo de Cavaleiros, em casa; e Mirandela e Lousada, fora), em boa parte dos demais, foi o detalhe que fez a diferença e que conduziu ao empate ou à derrota, tantas vezes injustos para o trabalho e o esforço demonstrados pelos jogadores.
Mas, como é dito naquela frase feita tantas vezes aplicada no Futebol, “o Futebol é isto mesmo”…

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Entre postes e bancadas por Bruno Pereira


"(...)A penúltima jornada da 2ª divisão (Zona Norte) acabou por ditar um infeliz desfecho para a AD Camacha que acabou averbando um empate na difícil deslocação a Fafe, numa altura em que, para além de necessitar de vencer, ainda assim dependeria de terceiros até á última jornada para evitar a despromoção à Série Madeira.  É, realmente, uma pena ver um clube com a estrutura e pergaminhos da Camacha nesta situação, e só não digo surpresa porque estou convicto que, não fossem os problemas financeiros que assolaram a colectividade e se o leque de opções do treinador fora o mesmo do início ao final da prova, os camachenses teriam, certamente, evitado a descida. Olhando a factos concretos, na 1ª volta a Camacha somou 22 pontos em 15 jogos, enquanto que na 2ª volta em 14 jogos os azuis e brancos somaram apenas 9 pontos...
    Saliento, também, o excelente trabalho que o Prof. José Barros fez ao aguentar a esperança e a luta pela manutenção até ao final do campeonato. Algo que há muito tempo que era previsível mas que o Prof. teve o engenho e a competência de lutar contra todas as adversidades. A qualidade do treinador continua intacta e inquestionável merecendo, na minha perspectiva, outros projectos.(...)"

terça-feira, 17 de abril de 2012

Inglório


A AD Camacha recebeu e saiu derrotada do confronto com o Ribeira Brava. Sem o contributo de José Paulo e Vinicius (duas das pedras basilares desta equipa), o Técnico José Barros tentou montar uma equipa que conseguisse contrariar o favoritismo do Ribeira Brava. Como é costume na Camacha a equipa entrou com vontade de contrariar os inúmeros contratempos que têm assolado a equipa esta época.

O jogo iniciou-se bastante repartido com a bola a ser intensamente disputada no miolo. Douglas foi o primeiro atleta a visar a baliza adversária logo nos instantes iniciais. O Ribeira Brava, quiçá empurrado pela falange de apoio que o acompanhou neste jogo ia tentando superiorizar-se nas ações na intermediária. A Camacha mantinha a sua atitude inabalada e o jogo foi-se desenvolvendo taco a taco até aos 20 minutos.

O primeiro remate com perigo para o Ribeira Brava aconteceu aos 24 minutos. Logo de seguida Ricardo Fernandes enjeitou a primeira grande oportunidade do encontro. A Camacha ia ganhando preponderância no jogo e numa jogada bem construída pelo lado esquerdo, Narcisse faria o golo após grande assistência de Amar que por sua vez tinha sido servido por Ricardo Fernandes. Uma bela jogada que premiava o crescimento da equipa da casa na partida. Até ao intervalo referencia para mais um lance perigoso para cada lado. Foi então com o dever cumprido que a Camacha recolheu aos balneários.

A segunda metade começou como a primeira tinha terminado, ou seja, com um enorme equilíbrio entre as duas formações. O jogo ia tendo bastantes contactos e o árbitro da partida ia optando por deixar jogar. A Camacha foi a primeira equipa a aparecer com perigo na área contrária num lance de insistência e que por pouco não deu golo. A Camacha teve mais oportunidades nos primeiros 15 minutos e dava a sensação de conseguir alcançar o golo da tranquilidade. Apercebendo-se disso mesmo, o Técnico do Ribeira Brava fez 3 alterações e lançou 3 elementos novos na partida. Anderson que já foi jogador da Camacha viria a ser decisivo. Aos 64 minutos Luís Ribeiro teve a primeira parada de belo efeito e era o primeiro aviso do adversário. Até aos 75 minutos a Camacha voltou a ter maior pendor e Douglas a desperdiçar mais uma ocasião. Góis aparecia bem em lances ofensivos e Nivaldo mostrava competência nas devidas compensações. Ricardo Fernandes também apareceu bem à entrada da área e possibilitou uma defesa segura ao guarda-redes adversário. À meia hora de jogo veio o balde de água fria com o golo do empate do Ribeira Brava por intermédio de Pedro Dinarte. O Técnico José Barros apostou então em Nuno na tentativa de incutir maior velocidade nos flancos numa altura em que alguns jogadores da Camacha já iam revelando algum cansaço.

As equipas apostavam tudo na tentativa de chegar ao golo da vitória e o jogo encontrava-se agora bastante aberto. Narcisse na cobrança de um livre direto errou por pouco a baliza de Bruno Freitas aos 80 minutos.
Com o jogo a aproximar-se do final, a partida era cada vez mais jogada com o coração do que com a cabeça e seria Anderson a 5 minutos do fim a fazer o golo da vitória para o Ribeira Brava num bom lance individual.

Os jogadores da Camacha mostraram mais uma vez o enorme brio que possuem e foram dignos vencidos numa partida que não mereciam tamanho castigo. Ficou o amargo de boca e a certeza de dias melhores.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não baixar os braços e continuar a lutar


No passado sábado, véspera de Páscoa, a ADC viajou até ao distrito de Famalicão, para defrontar o GD Ribeirão, numa partida referente à 27ª jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão Zona-Norte.
A ADC iniciou a partida com Luís Ribeiro, Góis, Hélvio, Rui Manuel, Michael, Zé Paulo, Ricardo Fernandes, Barreto, Vinícius, Nivaldo e Amar. Tendo como suplentes: Carlos, André, Douglas, Narcisse e Nuno Teixeira.

Em mais um jogo de grande importância na luta pela manutenção, a ADC começou a partida a pressionar o adversário e a tentar chegar ao golo nos minutos iniciais da partida. A partir do minuto 20, o Ribeirão conseguiu passar a ter mais posse da bola, mas, ainda assim, sem que disso resultasse perigo de maior para a baliza defendida por Luís Ribeiro. No entanto, aos 28 minutos, o Ribeirão chega mesmo à vantagem no marcador. Na sequência de um cruzamento do lado direito, o avançado do Ribeirão, sem marcação, cabeceou para o fundo das redes, fazendo o 1-0. A ADC tentava responder com investidas de ataque pelas laterais, mas sem conseguir finalizar junto da baliza da equipa da casa. Até que, aos 32 minutos, numa jogada muito rápida pelo lado esquerdo, Vinícius ultrapassa um defesa contrário em velocidade e este rasteira o avançado Camacheiro dentro da área. O árbitro da partida não teve dúvidas no lance e assinalou de pronto a grande penalidade. O próprio Vinícius encarregou-se da marcação do penalti e fez o 1-1. Fazia-se assim justiça no marcador. A partir deste momento, o jogo voltou à toada anterior, com o Ribeirão a ter um certo ascendente no jogo e a ADC a jogar no erro do adversário. Mas, aos 41 minutos, um momento caricato no jogo, depois de a bola ter embatido em vários jogadores, o árbitro da partida assinala nova grande penalidade, desta feita contra a ADC por suposta mão na bola de Zé Paulo. Na sequência do lance, o capitão Camachense é expulso e Luís Ribeiro, com grande inspiração, defende a grande penalidade, segurando a igualdade no marcador até ao intervalo.
A 2ª parte, começou como acabou a 1ª, com a ADC a ter de baixar as linhas e a defender mais próximo da sua baliza. O Ribeirão tinha a posse de bola, fazia-a circular por todo o terreno de jogo, mas sem conseguir ultrapassar a defensiva Camacheira, que mais uma vez foi tremenda. Assim sendo, equipa da casa, com mais um elemento, dominava mas não conseguia chegar perto da baliza defendida por Luís Ribeiro. Até que, a 3 minutos dos 90’ regulamentares, em mais um lance de bola parada, o Ribeirão chega ao 2-1. Na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrevoou toda a área até chegar ao capitão de equipa do Ribeirão que solto de marcação a empurrou para o fundo da baliza. A ADC ainda tentou reagir, mas o tempo já era escasso. E o melhor que conseguiu foi um remate à baliza por intermédio de Nivaldo, mas sem qualquer perigo para o guarda-redes da equipa da casa.  

segunda-feira, 2 de abril de 2012

CAMACHA PERDEU DOIS PRECIOSOS PONTOS AO MINUTO 95 QUANDO JÁ SABOREAVA O TRIUNFO in Jornal da madeira

Um golo de João Vieira no penúltimo minuto dos seis de compensação dados pelo árbitro portuense permitiu ao Marítimo B sair da Camacha com um ponto. Um golo que foi um autêntico balde de água fria sobre a equipa local que já saboreava o triunfo e a conquista de três pontos que lhe permitia não só ultrapassar o adversário como fugir da zona de despromoção. Num ápice, tudo se desmoronou.
Certo é que o derbi Camacha - Marítimo B acabou por ficar aquém das expectativas. Foi uma partida de fraco nível com jogo muito repartido no meio-campo e poucas oportunidades de golo, havendo alguma emoção na derradeira meia hora após o golo da Camacha e o Marítimo a correr atrás do prejuízo. Mas antes de chegar a esse período, passou uma hora de jogo com pouco de interesse para contar. Numa primeira parte jogada a ritmo lento os guarda-redes Ruca e Luís Ribeiro pouco ou nada tiveram que fazer, pois as poucas jogadas que tiveram finalização a bola andou fora da baliza.
Na etapa complementar as equipas apareceram um pouco mais espivitadas e João Vieira pôs à prova Luís Ribeiro com um remate cruzado na área. Pouco depois a Camacha abriu o marcador com Amar a rematar de cabeça, ao primeiro poste, concluir cruzamento de Barreto na direita após passe de Nivaldo. A primeira jogada com princípio meio e fim, aos 59 minutos. Em desvantagem os verde-rubros pressionaram mais e procuraram o golo, mas com pouco descernimento e falta de eficácia na finalização. A salvação surgiu no penúltimo minuto dos descontos, quando João Vieira de cabeça ao segundo poste, perante a passividade da defesa local, marcou na sequência de livre apontado na direita por Rui Monteiro.
O empate acaba por ser um castigo para os camachenses que recuaram em demasia para a sua área e um prémio para os verde-rubros que procuraram não perder.

Técnicos dividem-se entre injusto e justo

José Barros, treinador da Camacha: “O resultado é injusto. Conta-se pelos dedos de uma mão as oportunidades de golo que o Marítimo criou, enquanto nós criamos muitas oportunidades mas infelizmente não conseguimos concretizar. Jogamos com intensidade e procuramos assumir as despesas do jogo, mas uma desatenção nossa num livre no último minuto do encontro acabamos por consentir um golo que veio determinar o resultado final. Um resultado muito injusto pela entrega dos jogadores e da forma organizada como jogaram e procuraram o golo de princípio ao fim. É penalizador e muito injusto este resultado que veio penalizar de uma forma ingrata os meus jogadores. Esta equipa por aquilo que tem produzido não merece a classificação que tem. Estão 12 pontos em disputa e vamos lutar e conquistar os possíveis para mantermo-nos”.
Humberto, treinador-adjunto Marítimo B: “Vinhamos para este jogo com o intuito de somar os três pontos, mas com este resultado na parte final fomos felizes e trabalhamos para isso. Tem um sabor a vitória porque a Camacha não se distanciou em termos pontuais, porque era mau se a Camacha ganhasse. O empate é um resultado justo”.