sábado, 31 de outubro de 2009

Mu(danças) de treinadores

Mudanças de treinadores

Na jornada passada assistiu-se a uma anormal estreia de treinadores nas suas respectivas equipas. Facto que se tem tornado numa realidade constante nos nossos campeonatos. Mas porquê tanta aversão à estabilidade dos quadros técnicos? Será que é uma situação premeditada?

A mudança normal ou anormal de treinadores também se prende à vertente empresarial do futebol. Clubes e empresários estão sem dúvida na base de tanta mudança. Tráfico de influências é constante e evidente onde se sobrepõe, muitas vezes, ao poder de decisão dos clubes. Mas se tal acontece é devido à falta de uma estratégia de um rumo e de um projecto dos clubes. Há uma evidente exploração dos clubes pelos dirigentes, há um sentimento claro de se servirem dos clubes e não servirem os clubes. E quem perde é sempre o treinador. Solitário, desprotegido e muitas vezes alheio ao fenómeno negro negocial do futebol, acaba por ser vítima de um sistema onde prevalece a injustiça, a incoerência e a hipocrisia.

O futebol é um negócio, ninguém tem dúvidas disso. O futebol anda de mão dada com a comunicação social e o sucesso que, por vezes, surge a quem estiver melhor relacionado e não a quem é mais capaz. E quando isso acontece assistimos a um proteccionismo exacerbado que permite que se digam e façam coisas sempre com a devida protecção.

Credibilizem o jogo, a verdade desportiva. Não acabem com o futebol como previa Nelo Vingada num colóquio recente. Promovam a competência que de certeza todos irão tirar dividendos positivos desse tipo de actuação.

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