O Futuro, Hoje!

Não é num contexto fácil que ocorre este jogo, uma vez que tem lugar após a imerecida derrota do fim-de-semana passado e tendo já em perspectiva a difícil deslocação à casa do Lousada dentro de poucos dias. A juntar a tudo isto um grande conjunto de jogadores que se encontram lesionados, embora aqui surja uma boa notícia, o regresso de Vinicius ao lote dos disponíveis e logo como titular.

Assim sendo a equipa que alinhou de início foi a seguinte: Fábio, João Góis, Jonas Nascimento, António Ferreira, Michael, Paulo César, Marquinhos, Barreto, Vinicius, Nuno e Pedro Maurício. O treinador José Barros fez várias alterações naquela que tem sido a equipa titular para o campeonato da segunda divisão. Destaca-se o regresso de Fábio à baliza, a mudança dos defesas centrais, sendo dada oportunidade a Jonas e António Ferreira. No meio campo surgem dois jogadores que poucos minutos tinham até ao momento, Paulo César e Barreto, o próprio Marquinhos desde o início da época não voltara a ser titular. Nuno apenas fora titular no último jogo.
Poderíamos esperar que a equipa demonstrasse alguma falta de maturidade, mas a verdade é que apesar de um ligeiro deslize de António Ferreira no início do jogo, ao fazer um atraso arriscado, a equipa esteve muito tranquila ao longo de todo o encontro.
Nos primeiros minutos o Caniçal teve um ligeiro ascendente no jogo, mas a AD Camacha ia incomodando no contra ataque, isto sem que se verificassem oportunidades de golo claras. Até que aos vinte minutos Vinicius, isolado frente ao guarda redes do Caniçal, após passe de Barreto, não consegue bater este último, primeira grande oportunidade desperdiçada.
Passados cinco minutos e após reposição da bola em jogo por parte de Fábio, Pedro Maurício, numa bola que o defesa central do Caniçal não consegue aliviar, leva a melhor e inaugura o marcador.
Aos trinta e oito minutos, Nuno, depois de uma excelente abertura de Vinicius, aumenta a vantagem. A AD Camacha liderava por dois a zero. Apenas aos quarenta minutos é que o Caniçal faz o primeiro remate com perigo, Fábio corresponde com uma excelente defesa.

O início da segunda parte começa com o jogo dividido com lances de perigo repartidos, no entanto, era o Caniçal que procurava dominar, até porque era a equipa que corria atrás do prejuízo.
Aos dez minutos Pedro Mauríco sofre uma falta evidente que o impediu de ficar isolado, o jogador do Caniçal deveria ser expulso, mas o senhor árbitro decidiu não assinalar falta, talvez para não estragar a festa da taça. Um dos poucos erros cometidos pela equipa de arbitragem.
Passados alguns minutos, Vinicius aparenta sofrer falta isolado em frente ao guarda redes, falta não marcada, na recarga Pedro Maurício atira por cima.
Até que por volta dos 20 minutos Pedro Maurício, numa bola dividida com o defesa do Caniçal, consegue isolar-se pela esquerda e depois oferece o golo a Nuno, que marcava assim o seu segundo golo.
A partir daqui a Camacha continuou a controlar o jogo, mesmo com as mexidas que a equipa foi sofrendo. Setenta minutos sai João Goís entra Gonçalo; setenta e cinco minutos sai vinícius entra Diogo Gil; oitenta minutos sai Michael entra Diogo. Importa realçar que tanto o Diogo Gil como o Gil tiveram hoje a sua primeira oportunidade numa equipa sénior, estes jogadores fazem parte dos juniores. O Jogo aproximava-se do fim e a equipa recheada de jovens ia dando conta do recado controlando as várias situações de jogo. O Caniçal praticamente não conseguia criar oportunidades de golo, até que aos dois minutos de desconto um jogador da equipa visitante sofre uma falta na área e é marcada grande penalidade, bola ao poste e o jogo acaba de seguida.

Hoje não será feita nenhuma análise individual dos jogadores da ADC, no entanto, esta crónica não poderia acabar sem uma palavra de apreço a todos os jovens jogadores da Camacha. Nem sempre é fácil ter-se vinte anos, por vezes menos, a ambição de jogar e, no entanto, as oportunidades escassearem. O jogo de hoje, agradável de ver, demonstrou a todos os adeptos deste clube que, no futuro, a Camacha poderá contar com estes jovens, assim continuem a trabalhar e a responder desta forma quando chamados a defender as cores do clube. O futuro foi hoje.

Resultado Injusto

Foi uma Camacha muito desfalcada a que se apresentou contra o Vizela. Com Élton, Ávalos, Custódio, Bruno e Vinícius de baixa por lesão e tendo ainda perdido Paulinho e Marco durante a época, temia-se um desfecho negativo, o que veio a acontecer. O Treinador José Barros promoveu várias alterações e deu a Nuno a sua estreia como titular. Temia-se ainda que fosse a Camacha a pagar o último jogo do Vizela em casa que tinha sido prejudicado pela arbitragem, o que infelizmente também veio a acontecer. Indo ao jogo propriamente dito, o Vizela entrou claramente disposto a discutir o jogo pressionando bastante alto. De referir que durante a primeira metade o jogo era bastante repartido com a Camacha a conseguir também sair para o ataque. Aos 6 minutos de jogo amarelo para Miguel Afonso que cortou uma bola com a mão, num lance em que havia claro offside de um jogador do Vizela e quando dizemos claro, referimo-nos a pelo menos 3 metros adiantado em relação à defesa da Camacha. Aos 11 minutos amarelo a Nivaldo(aceitável) e aos 16 minutos amarelo a Rui Manuel e penalty por obstrução que viria a ser desperdiçado por João Martins do Vizela. O penalty é discutível e o condão que teve foi de acalmar um pouco o árbitro, ainda que momentaneamente. Aos 19 minutos de jogo, penalty a favor da Camacha, cometido por Ricardo Jorge(mão na bola) e aqui pensou-se que talvez o árbitro apenas tivesse entrado mal no jogo. No entanto, Álvaro cobrou muito denunciado e permitiu a defesa de Paulo Freitas(muito boa exibição). Aos 23 minutos Nivaldo ensaia um grande remate que sai a rasar a baliza adversária. O jogo mantinha-se equilibrado e aos 35 minutos de jogo, Ghilas(avançado possante) passa por vários jogadores da Camacha em jogada individual e fuzila Botelho. Pareceu haver alguma displicência da defensiva da Camacha que por vezes foi demasiado vulnerável. A partir daqui começou a aparecer Ludgero, que com dois remates fortíssimos aos 43 e 44 minutos de jogo, já ia justificando o golo. E foi com alguma sensação de injustiça que as equipas recolheram ao balneário(o empate era o resultado mais ajustado ao jogo).

Na segunda metade a Camacha entrou decidida a dar a volta ao jogo. Paulatinamente, foi empurrando o Vizela para o seu meio campo. Nivaldo aos 52 minutos e Amar aos 58 minutos na cobrança de um livre podiam ter feito o empate. A justa igualdade veio ao minuto 64 com um golo de pé esquerdo de Ludgero após desmarcação de Álvaro. Grande jogada da Camacha que repunha a justiça no marcador. Durante estes primeiros 20 minutos da segunda metade realce apenas para um ataque do Vizela, num lance em que Ghilas cria perigo, após ostensivamente ter agarrado Rui Manuel para o impedir de chegar ao golo. Inteligente reacção de Rui Manuel que foi comedido nos protestos, pois deve ter-se lembrado que já tinha sido amarelado. A partir daqui deu-se um autêntico assalto às redes do Vizela, com remate de Pedro Maurício aos 66, de Álvaro para defesa de Paulo Freitas aos 68, de Amar aos 69, e novamente de Pedro Maurício à meia-volta aos 76. A bola fazia questão em não entrar e o árbitro ia anulando várias investidas assinalando faltas incríveis(pelo menos três foram assinaladas ao contrário)… e quando o engano é sempre para o mesmo lado! O árbitro conseguiu ir equilibrando o jogo e permitiu a reacção do Vizela nos minutos finais. O Vizela dispôs de 2 ocasiões de muito perigo e numa delas Diego Mourão aos 87 minutos elevou-se mais alto que os centrais da Camacha e fez golo e deu ainda uma maior injustiça ao placard. A Camacha foi ainda buscar forças ao fundo do poço e lançou-se afincadamente à procura do empate. Conseguiu ainda criar algumas oportunidades nos instantes finais, com destaque para um lance confuso aos 91 minutos em que a bola é salva em cima da linha de golo. Grande exibição da equipa da Camacha, nomeadamente na segunda metade, a justificar plenamente outro resultado. Nota positiva para os assistentes de Tiago Martins, que não tiveram falhas de maior e pareciam estar numa sintonia diferente da do chefe de equipa. Finalmente destaque para aquilo que vai sendo uma raridade já que os adeptos da Camacha, visivelmente indignados, permitiram que a equipa de arbitragem recolhesse tranquilamente aos balneários com um mínimo de impropérios e dignaram ainda a equipa da Camacha com uma merecida salva de palmas. O futebol deve ser uma festa e mesmo que alguém não alinhe pelo mesmo diapasão, deve-se sempre manter a dignidade e sair de cabeça erguida.

Camacha merecia pontuar in Jornal de Notícias da Madeira

A Camacha perdeu de forma inglória na recepção ao Vizela, com golo de Mourão a fechar o jogo. Por aquilo que produziram os camachenses não mereciam perder. Na fase inicial cada equipa teve uma grande penalidade, mas tanto João Martins (17m) como Álvaro (20m) desperdiçaram a oportunidade. E num período de equilíbrio o Vizela marcou por Ghilas (37) a aproveitar lentidão da defesa da casa. Na segunda parte a Camacha surgiu com outra postura e mandou no jogo. Sem surpresa chegou ao golo por Ludgero (64m) com forte remate cruzado. Faltou eficácia na finalização para a formação da casa virar o resultado. E quando já se esperava o empate final, o avançado Diego Mourão, a caminho da Ucrânia, fez de cabeça o golo do triunfo. Balde de água fria para equipa da casa que merecia outro resultado.

JM

Jogo intenso acaba em empate

Foi uma partida jogada a bom ritmo, sobretudo na segunda parte que o bastante público teve o prazer de assistir. Nem sempre bem jogado, foi um jogo de bastante luta e vontade. O Caniçal demonstrou possuir algumas pedras bastante fortes na sua equipa e durante todo o encontro lutou até à exaustão. A AD Camacha pareceu sempre sentir grandes dificuldades na adaptação ao relvado sintético e os jogadores do Caniçal acabavam por ser mais rápidos sobre a bola e ganhar a maioria dos duelos individuais. A Camacha começou bem a tentar pressionar alto e foi imediatamente recompensada com a obtenção de um golo. Num lance que tem tanto de evidente como de desnecessário, um defesa do Caniçal atrasa-se no corte e acaba por acertar nas pernas de Pedro Maurício e causar penalty. Foi assim à passagem do minuto 4 que Álvaro aproveitou para dar vantagem à Camacha. A partir daqui, o Caniçal foi crescendo no jogo através de um meio campo bastante esclarecido e alas rápidos. A Camacha sentia dificuldades em contrariar o adversário e o seu miolo parecia demasiado leve para o estado do relvado e para as condições climatéricas que se faziam sentir, com chuva e vento. O Caniçal chega ao empate ainda na primeira parte com um cruzamento da direita para a área e um avançado a cabecear à vontade para o golo. Foi um lance em que a defesa da Camacha não fica isenta de culpas. Com Miguel Afonso no lugar do lesionado Élton, a defesa não revelava a mesma segurança evidenciada nos últimos embates.

Foi com uma igualdade que se chegou ao intervalo. Na segunda parte o jogo ficou mais rápido e continuou bastante disputado. O Caniçal a precisar de pontos e com os seus jogadores “a darem o litro” tentava empurrar a Camacha para a sua defensiva. A partir dos 20 minutos da 2ª parte começou alguma contestação dos adeptos locais ao juiz da partida com os jogadores do Caniçal a pedirem amarelos e a acabarem eles a vê-los por protestos. Diga-se em abono da verdade que nos pareceu uma actuação globalmente certa do árbitro e que este não teve influência no resultado. Referência ainda neste período para algumas intervenções de grande qualidade de Botelho. Aos 34 minutos de jogo, Rui Manuel dispôs de uma oportunidade flagrante para dar vantagem à Camacha, com um cabeceamento a rasar o poste a aproveitar a cobrança de um canto. Nos últimos minutos o Caniçal encostou a Camacha às cordas e viria ainda a ter um golo invalidado por fora de jogo no último minuto de descontos, o que incendiou ainda mais os adeptos da casa que acabavam por atribuir o desfecho final à actuação do árbitro. Da nossa parte, gostámos da equipa do caniçal, uma equipa extremamente aguerrida, com um bom meio campo e alguns alas bastante rápidos. Pareceu-nos ter algum défice de altura nas bolas paradas. A Camacha terá tido porventura um dos seus jogos menos conseguidos, acusando as várias ausências por lesão, o relvado sintético, o vento que se fazia sentir e porque não dizê-lo, a boa exibição da equipa do Caniçal

Associação Desportiva da Camacha desenvolve projecto educativo

Sob a tutela e iniciativa do Profº José Barros a Associação Desportiva da Camacha vai promover o curso “Novas Oportunidades” integrado no “Projecto D.E.S. da A.D. Camacha”. Trata-se de uma iniciativa inédita por parte daquela instituição que pretende, desta forma, alargar a formação dos atletas, familiares e demais população. O curso vai decorrer em parceria com o Centro de Formação e Qualificação Profissional e visa garantir aos formandos a equivalência ao 9.º ano. A apresentação da 1.ª sessão do curso foi feita, ontem, no Complexo Desportivo da A.D. Camacha e contou com a presença dos responsáveis desportivos, entidades do concelho e respectivos formandos. Celso Almeida, presidente da direcção do clube sublinhou a importância desta iniciativa porque vai “contribuir para a instrução e educação da população” e espera que “traga mais convivência” porque “um clube não é só para ter uma equipa”, frisou. De tal forma que um dos objectivos é alargar as Novas Oportunidades ao 12.º ano e aos Cursos Profissionais. Neste sentido, destacou o apoio da câmara, da junta de freguesia e da Secretaria Regional de Educação na recuperação das instalações, processo este que visa dotar o clube de melhores condições e serviços. O presidente da Câmara de Santa Cruz, José Alberto Gonçalves enalteceu o projecto tendo reiterado que “a A.D. dá o exemplo de como o financiamento pode ser utilizado para a formação das pessoas”, o que vem “valorizar” a população e a vila. José Barros, um dos impulsionadores do curso, ao recordar o “processo moroso” que foi levar as “Novas Oporutnidades” para a A.D. reiterou que “foi uma etapa conquistada”. Rafael Carvalho, director do Centro Novas Oportunidades confirmou que este foi o primeiro passo, que o objectivo é chegar ao 12.º ano.

Élia Freitas

Triunfo justo com golos de bandeira in Jornal da Madeira

Dois golos de bandeira da autoria de Maurício, forte remate fora de área, e Ludgero deram uma justa vitória à AD Camacha na recepção ao Macedo de Cavaleiros. Numa partida nem sempre bem jogada, mas com muito empenho das duas equipas, a formação da Camacha sentiu muitas dificuldades para suster o ímpeto inicial dos minhotos. A formação madeirense subiu mais no terreno e paulatinamente assumiu o controlo do jogo, mas a bola andou longe das balizas. Na etapa complementar o jogo ganhou mais ritmo e a Camacha chegava com perigo à área minhota. E numa dessas acções Maurício fez um grande golo com um remate forte fora da área. A perder o Macedo arriscou e passou a criar situações de perigo e a obrigar Botelho a algum trabalho. Nos descontos e na marcação de um canto o guarda-redes Cleiton foi à área tentar a sorte, mas a Camacha ganhou a bola e Ludgero do seu meio campo chutou com a bola a deslizar suavemente para a baliza deserta. Golo de 60 metros selou triunfo justo. Importante foi a vitória e os pontos Bruno, jogador da Camacha: “Foi um jogo bastante complicado. O Macedo de Cavaleiros é uma equipa organizada que corre muito e sentimos dificuldades. A Camacha é uma equipa de grande querer e vontade e que acredita até ao fim. O importante foi a vitória e os três pontos”. Jogo correu mal e perdemos Rui Vilarinho, treinador Macedor Cavaleiros: “O jogo correu mal e perdemos. Jogamos com uma equipa forte e sofremos dois golos, num resultado exagerado. Não tivemos a estrelinha, mas tivemos ambição e procuramos o golo”.

JM

Resumo Jogo A.D.C. vs Macedo de Cavaleiros

Assista aqui ao resumo do encontro entre a Associação Desportiva da Camacha e o Macedo de
Cavaleiros     Minuto 11'.24''   Clica no Link em baixo

http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=25507&e_id=&c_id=1&dif=tv