segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Superioridade inequívoca... - in Jornal da Madeira

Machico cede em casa perante o líder Camacha
Superioridade inequívoca...
Era uma partida aguardada com alguma expectativa. Por um lado, a equipa da casa procurava rectificar o resultado da derradeira jornada e uma vitória seria muito importante na carreira da equipa, por outro, um conjunto da Camacha claramente concebida para uma divisão superior, na procura de manter a liderança e se possível, distanciar-se do seu persseguidor directo, o Rio Maior, o que acabou por acontecer.
Todavia, o início foi algo cauteloso, com ambas as formações a arriscarem pouco. A primeira jogada com algum perigo, teve lugar à passagem dos 15’, quando Vítor Hugo teve uma boa iniciativa, solicitou Geufer no interior da área, mas o remate saiu por alto. A Camacha parecia estar, paulatinamente, a ganhar ascendente e apenas 2’ volvidos, foi Fábio Andrade com um corte precioso a evitar males maiores para a sua equipa. Aos 19’, a primeira contrariedade para Machico, quando Pires foi obrigado a abandonar o terreno, por lesão. 
No minuto seguinte, o primeiro caso do jogo, quando o árbitro madeirense Élio Fernandez anulou um golo ao conjunto visitante, sem que descortinássemos qualquer irregularidade. A Camacha era, inegavelmente, o conjunto mais perigoso e à passagem dos 23’, foi Luís Miguel com uma grande defesa, quem negou os intentos a Joel Santos após a cobrança de um livre. A pressão mantinha-se e aos 30’ foi novamente o guardião da casa, com uma aparatosa defesa, a negar o golo a Vítor Hugo. Respondeu a equipa da casa, com um centro de Miguel Ângelo e Agrela quase enganava Cortes. Aos 34’, Luís Miguel em nova intervenção meritória, negou o golo a Vítor Hugo após centro de José Paulo. A partir daí a partida decaiu de qualidade, com os jogadores a procurarem mais as “picardias” do que em envolver-se no jogo.
No regresso dos balneários, foi possível aquilatar que os homens oriundos da “terra dos vimes”, vinham com o firme propósito de cedo decidir a contenda e, logo aos 50’, um livre superiormente cobrado por Joel Santos inaugurava o marcador.
Machico acusou a situação e tardava em reagir, e foram novamente os visitantes que estiveram perto de marcar, aos 54’, primeiro com Luís Miguel a negar o golo a Carlos Manuel e depois a inoperância de Dally num cabeceamento ao poste e com uma recarga desfazada da baliza, a fazer o resto.
Até que aos 66’ tudo ficou muito mais difícil para os da casa, após Brian ter tocado com a mão na bola, no interior da grande área, com Élio Fernandez a apontar de pronto para a marca da grande penalidade. Castigo convertido por Vítor Hugo irrepreensivelmente. Momento duplamente penalizador para Machico, não só pelo golo sofrido, como também por ter ficado reduzido a 10 elementos. A partir daí, a Camacha optou por gerir os espaços, perante a incapacidade, pese o empenho, de Machico em criar perigo. A partida estava sentenciada e foi ainda a Camacha a voltar estar perto do golo, por Nivaldo e depois por Custódio, contrabalançada por uma boa iniciativa individual de Miguel Ângelo.

O jogo visto pelos treinadores

No final da partida, o treinador de Machico, Rogério Vilela mostrava-se agradado com a postura dos seus atletas, pese a derrota sofrida. “Tenho que dar os parabéns aos meus jogadores, que fizeram um jogo fantástico”, começou por afirmar o jovem técnico. Depois, endereçou também os parabéns à Camacha, pois “tiveram o mérito de marcar em dois lances de bola parada, contudo, em termos de jogo jogado foi extremamente equilibrado e o empate seria o desfecho mais justo”. Quanto à prestação do árbitro, Rogério Vilela foi lacónico, afirmado que “num jogo entre duas equipas da Madeira, não tem jeito nenhum ser um árbitro madeirense”.
Por seu turno, o jogador da Camacha, Carlos Manuel considerava que “sabíamos que iria ser um jogo difícil, pois Machico pretendia limpar a má imagem deixada no jogo da primeira volta, mas acabámos por conseguir uma vitória justa”. Quanto à arbitragem, disse que “não são os árbitros que jogam, mas às vezes e nos jogos fora, jogámos contra 14”. A terminar, referiu ser esta “uma vitória com um sabor especial, pois conseguimos ficar mais distantes do Rio Maior”.
 


Ganhou a melhor equipa - in Diário de Notícias

Machico 0-2 Camacha
Ganhou a melhor equipa
Data: 26-01-2009

Dérbi que se preze não passa ao lado da polémica e este Machico-Camacha acabou com muita contestação dos locais à arbitragem e a PSP a identificar um jovem afecto ao clube da casa por alegadamente ter atirado um objecto para dentro do campo.

Nenhumas razões de queixa assistem a Machico porque Élio Fernandez decidiu bem nos lances em causa - grande penalidade por mão de Brian e no não assinalar de uma suposta mão de um camachense num remate a curta distância - e é mesmo a Camacha que se pode queixar de um golo mal anulado a Dally (20), que não fez qualquer falta sobre o guarda-redes Luís Miguel.

De resto, foi uma vitória sem 'espinhas' da equipa de José Barros que sai do dérbi numa situação mais confortável no comando da série, em consequência da derrota do Rio Maior. Os camachenses foram uma equipa superior, apresentando um futebol de melhor qualidade e maior intencionalidade ofensiva, e já podiam ter chegado ao intervalo em situação de vantagem. 

A justiça acabou por chegar no segundo tempo em dois lances de bola parada. Primeiro, num livre primorosamente executado por Joel Santos e, depois, numa grande penalidade convertida por Vítor Hugo. 

Machico bem tentou contrariar o ascendente do adversário mas tinha armas desiguais e só por duas vezes, ambas por Miguel Ângelo, conseguiu incomodar Cortes. Do outro lado, Dragan e Custódio falharam o ampliar do resultado num jogo em que a ganhou a melhor equipa em campo. Reacções

Rogério Vilela ( Machico): "Parabéns aos meus jogadores, que fizeram um jogo fantástico, e à Camacha. O resultado justo era o empate. Não tem jeito nenhum um árbitro da Madeira num jogo entre equipas da Madeira". 

Carlos Manuel (Camacha): "Eles queriam mudar a imagem do jogo da primeira volta, mas conseguimos uma vitória justa".

Emanuel Pestana

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O último “sopro” de Joel Santos-in Jornal de Notícias


Triunfo arrancado a ferros ante competidor directo

O último “sopro” de Joel Santos

 

 

 

Um bom golo de Joel Santos deu ontem um triunfo suado mas justo à ADCamacha. Numa altura em que as equipas estavam empatadas, o meio-campista resolveu o jogo co uma bola parada e, mais importante, selando mais três pontos para a liderança da ADCamacha e o tão desejado regresso ao futebol da II divisão.

Frente a um dos candidatos e concorrentes à subida, a formação comandada por José Barros foi a melhor, num jogo, contudo, pautado pelo equilíbrio, se bem que a melhor qualidade futebolística estivesse do lado madeirense.

E seria numa altura em que o nevoeiro estava bem presente que os locais marcariam por intermédio do avançado costa-marfinense Dally.

O africano aproveitou da melhor forma uma lance no interior da área adversária para inaugurar o marcador, logo aos 11’, dando o melhor seguimento, fora do alcance de Fábio.

OCasa Pia tentou reagir, iniciou algumas iniciativas mas sem causar grandes apuros à baliza defendida por Cortes.

Neste primeiro tempo foram muito poucos os lances de perigo numa e noutra baliza.

Para a segunda parte a toada de jogo não se alterou muito. Só que o empate casapiano surge aos 54’. Pedro Santos restabelece a igualdade depois de uma jogada pelo lado direito e com o guardião da Camacha a muito pouco poder fazer para evitar o golo.

A Camacha, como lhe competia, partiu para a frente e mesmo sem exercer uma grande supremacia fez por merecer o tento do triunfo que, já o dissemos, foi obtido pelo recém-entrado Joel Santos, na conversão superior de um livre, depois de Rogerinho ter permitido a defesa ao guarda-redes na transformação de uma grande penalidade.

Santos da casa faz milagre- in Diário de Notícias


Afinal, (Joel) Santos da casa ainda fazem milagre. O médio madeirense, especialista em lances de bola parada, entrou aos 81 minutos, a substituir o irreconhecível Rogerinho, e na transformação de um livre, com um gesto técnico perfeito, meteu a bola no fundo da baliza.

 

O golo, mesmo em cima do minuto 90, acabou por ditar a vitória da Camacha. Um triunfo sofrido, algo injusto para o aguerrido e jovem adversário. O empate ajustava-se mais num jogo disputado debaixo de intenso nevoeiro. Lembram-se do jogo entre o Nacional e o FC Porto, a contar para a Taça da Liga? Não se viu nada. Ontem, na Camacha aconteceu (quase) o mesmo.

 

No pouco que foi dado a observar, os camachenses foram superiores, acabando por chegar cedo ao golo. Mas depressa os camachenses tiraram o 'pé do acelerador', permitindo ao adversário crescer.

 

A Camacha evidenciava alguma lentidão de processos e os jogadores mostravam-se individualistas, complicando muitas vezes aquilo que parecia fácil.

 

Adivinhava-se o golo do Casa Pia, que surgiu com naturalidade e com justiça. Os visitantes continuaram a ser melhores, até que José Barros resolveu mexer na equipa, que passou a jogar com mais velocidade mas falhando quase sempre o último passe. Depois apareceu o 'D. Sebastião', ou melhor Joel Santos, por entre o nevoeiro. Que grande golo! Arbitragem regular.

 

Joel Santos feliz

 

Joel Santos, jogador da Camacha: "Jogo difícil, discutido diante de uma equipa jovem e bem organizada. Entregámo-nos e mostramos espírito de grupo e acabámos por conquistar os três pontos, que era o grande objectivo. Treinei muito durante a semana e estou feliz por ter feito o golo da vitória.".

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Emoção e golos de belo efeito in Diário de Notícias

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Câmara de Lobos 2-2 Camacha
Emoção e golos de belo efeito
Data: 12-01-2009

Com o empate em Santo António, no Complexo Desportivo do Andorinha a Camacha viu o Rio Maior aproximar-se. A distância que separa os camachenses dos ribatejanos é agora de dois escassos pontos. Por sua vez, o Câmara de Lobos está instalado na nona posição a quatro pontos do sexto lugar. 

A primeira parte foi pautada pelo equilibrio, com os poucos lances de perigo repartidos pelas duas áreas. Melhor dotados técnicamente os camachenses sentiram imensas dificuldades para fugir à pressão e ao empenho do adversário, que saiu para intervalo com duas excelentes oportunidades perdidas, primeiro por Décio e depois por Marcelo na transformação de um livre. 

Na etapa complementar a Camacha, como lhe competia, assumiu o comando da partida. Por seu turno, os câmaralobenses, optaram por uma postura de contra-ataque, que aos 71 minutos, viria a surtir os efeitos desejados, quando Décio do meio da rua atirou ao ângulo direito da baliza de Cortes, sem hipótese de defesa para este. Um golo de 'bandeira', que veio galvanizar os câmaralobenses. No entanto, os camachenses nunca baixaram os braços e volvidos oito minutos, Dally consegue a igualdade. A emoção instalou-se dentro e fora do 'sintético' e os incentivos dos adeptos fizeram-se ouvir. 

Viveram-se então, momentos de grande emoção, com os jogadores de mbas as equipas a proprocionarem momentos de rara beleza competitiva, até que, o marcador voltou a sofrer alteração, desta feita, com Sandro a obter um golo de belo efeito, colocando a sua equipa de novo em vantagem. Assistia-se então à festa dos câmaralobenses, que aos 94 minutos, viram Geufer, através de um golpe de cabeça, restabelecer a igualdade. 

O desalento instalou-se no seio das hostes câmaralobenses e pouco tempo depois o árbitro deu por terminado a partida, com um resultado justo. A igualdade acaba por premiar o empenho dos intervenientes de ambas as equipas. 

O árbitro, Iancu Vasilica não esteve bem. Acompanhou de perto os lances mas nem sempre ajuizou da melhor forma. 

Reacções

Nelson Calaça (técnico do Câmara de Lobos): " Foi um jogo muito interessante, secalhar nem sempre bem jogado. A segunda parte foi mais aberta e praticou-se melhor futebol ao contrário do primeiro período em que as equipas estiveram muito encaixadas uma na outra. Fica o registo de um jogo agradável e bastante emotivo". 

Zé Barros (treinador da Camacha): " Dérbi intenso, com duas equipas apostadas em vencer. O Câmara de Lobos na sua estratégia de contra-ataque e nós em ataque organizado. Houve golos, alguns de belo efeito. Estivemos duas a vezes em desvantagem e conseguimos reagir. Os jogadores estão de parabéns pelo que fizeram e lutaram, numa partida com grau de dificuldade elevado, num campo bastante difícil". 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Marcar cedo e confirmar depois- in Jornal da Madeira

AD Camacha goleia (4-0) na recepção ao Crato
Marcar cedo e confirmar depois
Um golo madrugador de Rogeirinho foi o lenitivo que a AD Camacha necessitava para mais facilmente levar de vencida o adversário da tarde de ontem, o Crato.
Se a formação orientada por José Barros era, já à partida, a favorita a um triunfo, este golo possibilitou que a exibição local fosse crescendo de qualidade com os seus jogadores a sentirem-se soltos e a partir para uma vitória que os mantém no tipo da tabela, muito embora esse estatuto não estivesse em questão, independentemente do resultado que se viesse a verificar no jogo de ontem.
Ainda na primeira parte a AD Camacha continuou a dominar o jogo, quase de sentido único, e com os continentais apostados no contra-golpe que controladamente os madeirenses travavam.

Intervalo com resultado enganador

Nestes 45 minutos tempo houve para que a equipa camachense tivesse outros momentos em que o resultado poderia ter sido mais dilatado com a bola, por alguma vezes, a perigar a baliza defendida por Teixeira. E se esse ascendente, em termos práticos, não foi evidente no marcador, o segundo tempo encarregar-se-ia de o fazer.
A toada manteve-se inalterável, os madeirenses insistiam e a verdade é que a machadada, para quem ainda tinha dúvidas do triunfo local, foi dada por Custódio, um médio de boa qualidade.

Vítor Hugo complementa goleada

O Crato pouco ripostou e não conseguiu mesmo evitar o avolumar do resultado com Vítor Hugo a fazer mais dois golos e a colocar um ponto final numa partida arbitrada sem grandes problemas pelo trio de arbitragem que viajou de Leiria.
 

Banho de bola na Camacha- in Diário de Notícias


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Camacha, 4 Crato, 0
Banho de bola na Camacha



Data: 05-01-2009

A AD Camacha venceu ontem, justamente, o FC Crato por 4-0, num resultado que pecou por escasso, tal a diferença de qualidade entre as equipas. A Camacha tomou conta do jogo logo no início e, a praticar um futebol de grande qualidade ia fabricando várias oportunidades de golo (1, 19, 25, 39, 42, 44, sem qualquer tipo de exagero), perante um adversário que se mostrava apático e sem soluções para contrariar a qualidade camachense - facto que explicou porque razão o Crato se encontra em 12º lugar do Campeonato Nacional da III Divisão, Série E. A equipa da casa, a jogar em 4-4-2, com um losango no meio campo constituído por quatro jogadores - aproveitava o facto de o adversário estar a jogar com três centrais - entrava na zona intermediária da equipa adversária a jogar muito rápido, ora para as costas da defesa do Crato, ora pelas linhas, onde muitas vezes apareciam a cruzar os laterais. 

O Crato jogava num 3-5-2 e com um futebol apoiado tentava servir os dois avançados da equipa, sem nunca tê-lo feito com sucesso. O primeiro golo da Camacha nasce no início do jogo, aos seis minutos, depois de uma excelente jogada de contra-ataque, com a bola metida em profundidade para Rogerinho que, descaído para a direita, ultrapassou o adversário e rematou cruzado para o fundo da baliza. 

A melhor oportunidade de golo do Crato teve origem num atraso mal calculado de um defesa da Camacha, que ia traindo o seu guarda-redes. Na segunda parte, quando parecia que o Crato vinha disposto a discutir o jogo, foi a Camacha que impôs o seu melhor futebol. Com naturalidade, Custódio aos 59, e Vítor Hugo - médio goleador que cotou-se como a melhor unidade em campo - aos 70 e aos 92 minutos cimentaram a vantagem e deram justiça a um resultado que no final da primeira parte pecava por escasso. Arbitragem com muitos erros na segunda parte. 

Reacções

Vítor Hugo (atleta da Camacha): "Acima de tudo é uma vitória de um grupo de trabalho que mostra dia-a-dia e ao domingo, principalmente, uma grande humildade. Nós, jogadores, sentimos muito no início o facto de estarmos a jogar numa divisão inferior à que pensávamos que íamos jogar. Mas encaramos essa situação com humildade. Às vezes fala-se que estamos aqui a passear, mas é a nossa qualidade e união que nos faz estar em primeiro". 

Vítor Nozes (treinador do Crato): "Entrámos mal no jogo, pois começámos logo a perder. A partir daqui a equipa ficou nervosa. Não estamos muito bem porque no último jogo perdemos em casa. Calhou-nos o líder que tem uma excelente equipa. Penso que apesar da supremacia da Camacha, o nosso guarda-redes acaba por não fazer uma defesa. Vitória justa por números elevados".

Marco Freitas