segunda-feira, 26 de abril de 2010

Adormecer mas acordar ainda a tempo de evitar derrota in Jornal da Madeira

A precisar de pontuar, o Real instalou-se no meio terreno visitante, mas sem criar oportunidades de golo, e apenas aos 33’ surgiu a priemira ocasião: Salomão isola-se, retira um defensor da sua frente, remata raso, mas o esférico sai junto ao poste esquerdo das redes de Fábio. E por aí se ficaram as ocasiões de logo ao longo da metade inicial
O intervalo amoleceu a turma madeirense, aproveitando os locais para abrir o activo, aos 47’, com Salomão a centrar do lado esquerdo ao segundo poste e, de cabeça, Ailton fazer o golo. Continuou a turma do Real mais incisiva no ataque e após perdida aos 50’, um minuto volvido, Eduardo Simões de cabeça fez o segundo golo da sua equipa.
Em desvantagem, o José Barros apostou numa toada mais ofensiva conseguindo um tento na transformação de uma grande penalidade por Geufer, decorria o minuto 72. De seguida colocou mais dois jogadores de características mais atacantes, face a ter mais um elemento em campo depois da expulsão do guardião contrário a quando da grande penalidade. Já em tempo de compensação a equipa madeirense chegou à igualdade novamente na transformação de uma grande penalidade com Geufer a bisar na partida, num jogo que valeu pela segunda parte, designadamente pela boa entrada da turma da casa e também pela reacção dos madeirenses.

Bruno Miguel

Filipe Ramos (Real): «Não temos palavras para descrever o que sentimos, foi das maiores injustiças, fizemos um bom jogo tivemos o jogo controlado e sofremos um golo de penalti. Ficámos com dez jogadores mas o nosso adversário não conseguiu ter oportunidades de marcar. Depois apareceu o segundo penalti…»

José Barros (Camacha): «Jogo equilibrado, tentámos controlar e conseguimos na primeira parte. Na segunda parte entrámos mal no jogo, sofremos dois golos e tivemos de ir atrás do prejuízo, como alguém disse, “colocando toda a carne no assador” e conseguimos o empate. Parabéns aos jogadores pelo que conseguiram».

Real Massamá, 2 AD Camacha, 2 in Diário de Notícias da Madeira

Foi com alguma sorte que a Camacha arrancou um importante ponto
para evitar a descida de divisão. O conjunto da Pérola do Atlântico
teve o mérito de sempre acreditar que era impossível evitar a
derrota, aproveitando alguma ingenuidade da jovem equipa adversária.

A primeira parte do encontro foi enfadonha, sem motivos de interesses,
e só na etapa complementar é que se viu alguma qualidade.
Aos 50 minutos, o jogo parecia resolvido. A formação do Real aproveitou
uma entrada adormecida da Camacha na segunda parte e marcou
dois golos, em três minutos, que pareciam ter resolvido o encontro.
José Barros mexeu de imediato na equipa - retirou o médio Pita
para entrar o avançado a Anderson -, mas os madeirenses, apesar
de empurrarem o adversário para o seu último reduto, eram
incapazes de criar perigo. A equipa da casa continuava a tomar
conta do jogo e o guardião Fábio, que foi mal batido no primeiro
golo sofrido, evitava um resultado mais volumoso.

Até que Dally, aos 69 minutos, surge isolado só com
Bruno Fernandes pela frente e é carregado. Grande penalidade
bem marcada, com o guardião a ser expulso, e Geufer reduziu
a diferença. O tento ilhéu relançou a partida e o técnico visitante
arriscou tudo, passando a jogar com três defesas.

A entrada do veterano Joel Santos permitiu aos insulares acelerar
o ritmo, mas as melhores oportunidades continuavam a pertencer
à formação do Real, apesar de actuar com menos um elemento.
Contudo, já no tempo de compensação, surgiu mais um penálti abençoado
para a Camacha, desta vez a castigar mão de Hugo Rosa. A responsabilidade
voltou a recair sobre os ombros do brasileiro Gaufer, que não desperdiçou
a hipótese do empate. O golo foi muito festejado por toda a comitiva
insular e poderá revelar-se decisivo nas contas da manutenção. Na última
jornada, os camacheiros recebem o Lagoa, bastando um empate para não
ser preciso fazer contas.

Arbitragem regular.

Treinadores

Filipe Ramos, (treinador do Real)
"Não temos palavras para descrever aquilo que sentimos. Foi das maiores
injustiças a que já assistiu. Jogamos muito bem e tínhamos o jogo
controlado e depois com o primeiro penálti ficamos mais intranquilos".

José Barros, (treinador da Camacha)
"Foi um jogo equilibrado e sabíamos que o Real necessitava de vencer
esta partida. Na segunda parte entramos mal, cometemos dois erros,
e, depois de estar a perder 2-0, coloquei toda a carne no assador. Chegamos,
felizmente, ao empate".


Miguel Gouveia Pereira

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Crónica A gestão do plantel por José Barros

A gestão de um plantel e de uma época desportiva obedece a vários factores que podem determinar o sucesso ou o insucesso da mesma. Um dos aspectos a ter em conta, são os quadros competitivos. Há quem defenda que em Portugal se treina demais e que se devia seguir o exemplo de outros países onde se efectuam, muitas vezes, três jogos por semana. Mas, também, é certo que esses mesmos treinadores acabam por se queixar quando confrontados com tal panorama. Poderá parecer um contracenso, mas é algo totalmente explicável.

A diferença dos quadros competitivos nas equipas é um factor determinante. O quadro competitivo de uma equipa de topo, onde tem que participar em diferentes competições durante uma época desportiva, é totalmente diferente de um conjunto cuja preocupação é garantir a manutenção.

Daí haver uma necessidade de gerir todos os recursos humanos, para que os atletas possam estar na sua melhor forma em todas as competições em que estão inseridos. Isto implica ter um plantel equilibrado e recheado de soluções e alternativas válidas. Algo que um clube de menor dimensão não consegue obter.

Um atleta consegue render mais se os tempos de repouso entre competições for adequado, o que significa que os jogadores duma equipa mais modesta, mais tarde ou mais cedo, iriam entrar em sobretreino, o que afectaria a forma física e mental, mais rapidamente, do que de uma equipa com recursos mais avantajados.

Creio que a medida de fixar um número máximo de atletas por equipa poderá ser uma medida positiva. Com certeza que o intuito é minimizar as diferenças entre os grandes clubes e os pequenos, mas considero que aproximar o número de jogos entre todas as equipas, poderá, também, permitir que todos os jogadores, no final da época tenham cumprido, o mesmo tempo de jogo, reduzindo as hipóteses de haver equipas beneficiadas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Igualdade premeia e ao mesmo tempo penaliza ambas as formações in Jornal da Madeira

A permente necessidade de pontuar, forçou ambos os técnicos a uma postura mais retraída, o que tornou o jogo algo monótono, pese o grande empenho por parte dos intervenientes, que apenas teve emoção nos derradeiros minutos da contenda.
Os verde-rubros entraram ligeiramente mais agressivos, com o primeiro alerta de perigo, a ser lançado, logo aos 6’, por Rodrigo António com um remate junto à barra da baliza à guarda de Fábio. Quatro minutos volvidos, após um centro de Yuri, Fábio desviou perante a ameaça de Fidelis. Aos 17’, foi Helmut que testou a atenção do guarda-redes da Camacha.
Apenas aos 17’, a Camacha se acercou com relativo perigo da baliza de Marcelo mas o remate, desferido já com pouco ângulo por Dally saiu ao lado. A partida entrou então numa fase algo confusa, com muitos passes transviados. Aos 42’, Marcelo mostrou-se muito atento, após um livre cobrado por Joel Santos. Ainda antes do intervalo, Fábio esteve bem, após um livre de Yuri.
A segunda metade foi um pouco mais emotiva. Aos 60, Custódio rematou de longe para defesa instintiva de Marcelo. Os verde-rubros procuraram arriscar um pouco mais e aos 77’, Marquinho obrigou Fábio a defesa apertada. Mas foi nos últimos minutos, que o jogo ganhou intensidade e emoção. Aos 84’ Rúben Ferreira cobrou um livre, Ricardo Machado colocou no “coração” da área e Cristiano cabeceou à barra. Na jogada seguinte, foi Luís Olim que enviou a bola sobre a barra. Aos 86’, após um canto de João Pedro, Fidélis fez a bola passar junto ao poste da baliza à guarda de Fábio. Aos 89’, foi Rogerinho na marcação de um livre, quem obrigou Marcelo a aplicar-se, para já em período de descontos, a Camacha dispôr da sua melhor oportunidade, com Anderson a rematar e Marcelo a corresponder com uma explêndida defesa.
Em suma, pelo equilíbro registado, o resultado final terá de aceitar-se como justo.

José Barros (Treinador da Camacha): “Foi um jogo equilibrado, muito táctico, mas com ambas as equipas a procurarem vencer. Este era um “match point”, não o conseguimos concretizar, mas teremos outros. Vamos continuar a trabalhar e procurar que as coisas corram bem para a Camacha”.

Pedro Martins (Treinador do Marítimo B): “Foi um jogo equilibrado, embora na segunda parte tivessemos maior caudal ofensivo. Penso que, por tudo o que se passou, o resultado é justo. Um ponto acaba por ser bom. Será uma luta titânica até ao fim, mas temos todas as condições para obter a permanência”.

AD Camacha 0-0 Marítimo B in Diário de Notícias

Foi uma chatice de um jogo, este que Camacha e Marítimo B proporcionaram na tarde de ontem. Duas equipas que tinham neste encontro, em caso de vitória, uma grata oportunidade para dar um passo importante na luta pela manutenção na II divisão nacional. Mais até para a turma camachense, que garantia mesmo a permanência se lograsse obter a vitória. No fim ficou o empate que satisfaz minimamente os interesses das duas equipas, mas adia a decisão da permanência neste escalão do futebol nacional.

Talvez por todos estes factores, as duas equipas, ao longo da primeira parte, fizeram como que um pacto de não agressão, pautando todo o jogo na zona do meio campo, com a bola normalmente longe das duas balizas. Daí que a qualidade do jogo andasse muito por baixo, medida por uma baixa intensidade e uma enervante quantidade de passes errados. Oportunidades de golo, nem uma, apenas uma pequenas ameaças, com os remates de Rodrigo e Helmut à baliza de Fábio, ou um livre directo de Joel Santos que Marcelo segurou bem.

Marítimo melhor na 2ª parte

Para a segunda parte as coisas melhoraram um bocado, mesmo que a qualidade do jogo nunca tivesse atingido um nível aceitável. Mas, os jovens verde rubros tomaram mais conta do jogo, que se tornou mais aberto e propício à criação de situações de golo numa e noutra baliza. Mas, a primeira situação de aflição para um dos guarda-redes até aconteceu na baliza do Marítimo B, com Marcelo a suster, com alguma dificuldade, um remate de meia distância desferido por Custódio, para, apenas aos 72 minutos, surgir uma outra situação de grande apuro, agora para a baliza camachense, quando Marquinho, recém-entrado nos verde rubros, arrancou pela direita e rematou na passada, valendo a atenção do guardião Fábio.

O melhor reservado para o fim

Para mais, e pese embora os pedidos da colectividade da Camacha, os adeptos não foram muitos nas bancadas do campo, mas a animação era alguma. E, num jogo monocórdico e aborrecido, o melhor estava reservado para o fim, quando a emoção surgiu e a vitória poderia ter surgido para um dos lados. E foi primeiro o Marítimo B que teve a vitória na cabeça de Cristiano, iam decorridos 84 minutos, quando cabeceou a bola à barra com Fábio batido, na sequência de um canto apontado, na direita, por Ruben. E, no minuto seguinte, é Luís Olim a errar o alvo por muito pouco, outra vez na sequência de um pontapé de canto, quando cabeceou a bola por cima do travessão. Por fim, e novamente na sequência de um canto, agora da esquerda, Fidélis remata à meia volta, errando o alvo por muito pouco. Em dois minutos o Marítimo criou três excelentes ocasiões para marcar, não concretizou essas situações de golo, e o canto do cisne foi para a Camacha que, já em período de compensação, não chegou à vitória porque Marcelo negou o golo a Anderson, que rematou na cara do guarda redes maritimista. Pelo que o resultado acaba por ser ajustado.

Treinadores de acordo com o empate

José Barros (Treinador da Camacha) - "Foi um jogo muito táctico na primeira parte, pois ambas as equipas necessitavam de vencer para garantir a manutenção. O equilíbrio prevaleceu as oportunidades de golo não foram muitas, mas no fim podíamos ter ganho. Temos mais dois jogos para garantir um lugar na II Divisão".

Pedro Martins (Treinador do Marítimo B) - "O resultado acaba por não ser mau, pois conquistamos mais um ponto, num jogo muito equilibrado. Tivemos a vitória na mão, mas reconheço que, mesmo no fim, a Camacha podia ter ganho, pelo que o resultado se aceita. Vai ser uma luta terrível até ao fim do campeonato"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Guarda-redes do União defendeu penálti nos últimos minutos in Jornal de Notícias da Madeira

Uma grande penalidade defendida por Serrão aos 89 minutos a remate de Rogerinho foi um momento de dupla justiça no dérbi madeirense. Com a sua defesa o guarda-redes do União não só garantiu a vitória da sua equipa como colocou a verdade no resultado final, uma vez que a decisão do árbitro ao sancionar como faltosa a intervenção de um defesa unionista sobre Geufer na área não pareceu ser uma análise correcta do lance.
Escreveu-se direito por linhas tortas com o União a sair como um vencedor merecido pela qualidade do seu jogo e pelo volume de oportunidades de golo, mesmo com algumas poupanças feitas por Daniel Quintal que continua a promover a rotação do seu plantel, numa altura em que o primeiro objectivo está concretizado.
Disso não se reflectiu a intensidade do futebol azul-amarelo com muita dinâmica nas manobras ofensivas. E foi numa jogada em que ficou evidente a velocidade da linha da frente do União que chegou o primeiro golo por Luís Pinto com a defesa da Camacha a ser apanhada em descompensação depois de uma subida até à área adversária. Os visitantes que se bateram bem e nunca perderam o sentido da baliza de Serrão empataram seis minutos mais tarde por Celso num lance de bola parada. Antes do intervalo, Luís Pinto desperdiçou uma grande ocasião ao rematar por alto com a baliza completamente à sua mercê.
O futebol aberto das duas equipas continuou a proporcionar lances junto das áreas com o União a levar vantagem por uma melhor eficácia. Vítor Hugo avisou com um remate à barra e Athos fez o segundo golo em mais uma saída rápida para o ataque com o adversário com menos unidade, já que Agrela estava fora de campo a trocar de botas. Já no fim veio a grande penalidade falhada por Rogerinho.
Ganhou bem o União mas se a Camacha tem conseguido um ponto seria um prémio à sua combatividade.

Daniel Quintal (União): «Foi um bom jogo, um espectáculo agradável, com golos e bem jogado em muitas fases. O União foi mais equipa, demonstrou a campanha que está a fazer, criou mais e melhores oportunidades. Foi uma vitória sofrida mas justa».

José Barros (Camacha): «Eram duas equipas com objectivos diferentes e nós apresentámo-nos com o intuito de vencer. Sofremos um golo infantil e outro quando estávamos momentaneamente com dez jogadores. Este jogo não era do nosso campeonato mas a qualidade que tivemos dá-nos boas perspectivas para o futuro».


União, 2 Camacha, 1 in Diário de Notícias

Athos, o mosqueteiro de Daniel Quintal, marcou o golo do triunfo. Mas outros mosqueteiros também brilharam, casos de Luís Pinto - claramente a mais neste escalão! -, Vítor Hugo, Valter, Tony, bem como Serrão, que no último minuto de jogo 'roubou' o golo a Rogerinho, defendendo de forma segura uma grande penalidade. Um lance perfeito para redenção do guarda-redes, que tinha ficado muito mal na fotografia no golo da Camacha.

A vitória do União não sofre contestação, foi sempre a melhor equipa em campo, mas apraz registar a postura dos camachenses, que valorizaram o triunfo da melhor equipa da prova. Ambos os treinadores apresentaram seis madeirenses no onze, um exemplo de sucesso numa partida agradável de seguir, que teve dinâmica, emoção e virilidade.

O União chegou primeiro ao golo, através de um contra-ataque perfeito e que deveria servir de lição para muitas equipas. Num canto a favor da Camacha, Jean ganhou um ressalto à entrada da área, arrancou em velocidade, tabelou com Éder, e isolou Luís Pinto, que depois de ludibriar o guarda-redes e enviou a bola para o fundo da baliza. Perfeito! Seis minutos depois, os esforçados camachenses chegaram à igualdade, através de Celso, que aproveitou uma fífia do habitual suplente de Adriano, que não segurou um livre de Rogerinho, para introduzir a bola na baliza.

O União, que havia dominado a primeira parte, apresentou-se ainda mais forte no segundo tempo, procurando através da circulação rápida de bola e de constantes movimentações de toda a equipa, com excepção para os seguros centrais adaptados, baralhar o meio-campo e defesa contrário.

E, depois de alguns avisos, Vítor Hugo, com um passe magistral, desmarcou na perfeição Athos, que rematou para o fundo da baliza. No último minuto, Rogerinho desperdiçou a igualdade, que seria injusta. Arbitragem regular.

Reacções

Daniel Quintal, treinador do União: "As pessoas que vieram aqui assistiram a um jogo agradável, com golos e, em muitas fases do jogo, bem jogado. Nesse aspecto, o União foi mais equipa, teve fases excelentes no jogo, criou mais e melhores oportunidades, pelo que a vitória é justa, apesar de ter sido difícil, sofrida e com emoção. Palavra de apreço para a Camacha que valorizou a nossa vitória".

José Barros, treinador da Camacha: "Duas equipas com objectivos completamente diferentes mas tudo fizemos para vencer o jogo. Tivemos uma oportunidade para empatar na fase final. Pelo jogo que fizemos encaramos com alegria o futuro, rumo à manutenção".

domingo, 4 de abril de 2010

Camacha supera Pontassolense em jogo de emoções

A Camacha fez do orgulho e da dignidade uma “arma” para a partida ante o Pontassolense. No cômputo geral, foi um jogo muito bem disputado, com um bom ritmo e grande emoção até final. A formação da “terra dos vimes” entrou melhor na partida e logo aos 9’, após centro de Rogerinho, Marco livre de marcação, cabeceou ao lado. Contudo, no minuto seguinte, o mesmo Marco superou em potência o central Zé Pedro progrediu até à linha-de-fundo e centrou com precisão, para Evandro inaugurar o marcador. O Pontassolense reagiu de pronto e aos 12’, foi a rapidez de Fábio perante Bruno Gonçalves quem salvou a Camacha do perigo. O jogo estava aberto e quando o cronómetro apontava para os 21’, após um canto de Nivaldo, Agrela cabeceou junto à barra. Todavia, aos 29’, após um centro de Fábio Mariano, Bruno Gonçalves foi mais lesto que a concorrência e desviou para o fundo da baliza à guarda de Fábio restabelecendo a igualdade. A toada de grande equilíbrio mantinha-se e só já bem perto do “cair do pano” para o intervalo, nova oportunidade surgiu, mas Nivaldo não aproveitou da melhor maneira um desentendimento entre Carin e Zé Pedro. O segundo bloco do jogo, voltou a ter a Camacha em melhor plano e aos 50’, Carin com uma defesa soberba negou o golo a Evandro. Todavia, na sequência do canto, Celso cabeceou ao poste e na recarga Marco não perdoou. A partir daí, o Pontassolense ganhou ascendente e foi exercendo maior pressão. Mesmo assim, aos 86’, Carin superiorizou-se no duelo com Celso e manteve o sonho do Pontassolense vivo. Nos derradeiros minutos, a pressão foi intensa por parte do Pontassolense e aí Fábio esteve em destaque, negando o golo, primeiro a Fábio Mariano e depois, no último lance do jogo, a Dieng. Aceita-se a vitória da Camacha pela sua atitude, mas a igualdade seria um prémio para a abnegação da equipa do Pontassolense ao longo do jogo.

Camacha operária conquista triunfo precioso

Foi uma Camacha 'operária', que ontem, conquistou um triunfo precioso mas sofrido, diante um adversário amorfo e sem chama para fazer face à voluntariedade e a vontade de vencer dos jogadores camachenses.

A entrada apática dos visitantes permitiu o comando do jogo ao adversário, que aos 10 minutos, ganharam vantagem no marcador, através de um tento apontado por Evandro, que concluiu com êxito uma excelente iniciativa de Marco.

Os homens da Ponta do Sol reagiram de imediato, mas foram os visitados, que estiveram perto do golo, com um cabeceamento de Agrela a errar o alvo, após falha de Carin. Inconformados, os visitantes acabaram por restabelecer a igualdade, quando iam decorridos 29 minutos, por intermédio de Bruno Gonçalves. Em tarde de desacerto total, Carin voltou a falhar, contudo Nivaldo não esteve melhor que o seu adversário, desperdiçando, aquele que seria o segundo golo da sua equipa.

Na etapa complementar, logo aos 51 minutos, Carin voltou a comprometer, permitindo a Marco o cabeceamento para o golo, que iria ditar a vitória da sua equipa. Até ao final assistiu-se ao tudo por tudo dos visitantes na procura da igualdade. Todavia, os processos ofensivos nunca foram os mais indicados. Aos homens do Ponta do Sol faltou dinâmica e velocidade, ante um adversário brioso, que se limitou defender a vantagem.

E, foi com o espectro do empate a pairar entre as hostes camachenses, que Marco Trombinhas, de Beja deu por terminada a partida, nem sempre bem jogada, em que a equipa do Pontassolense acabou sair penalizada pelo ritmo lento colocado em campo ao longo de quase toda a partida, à excepção, dos cinco minutos de compensação.

Reacções

Agrela (capitão da Camacha): " Foi um vitória bastante sofrida. Conquistamos três pontos muito importantes. O grupo de trabalho foi excelente. Espero que a direcção olhe por nós, porque estamos a passar por grandes dificuldades. Faço um apelo aos directores para que façam um esforço, para resolver os nossos problemas financeiros. Não é nada fácil para as nossas famílias aguentar a situação".

Vítor Miguel (técnico do Pontassolense): "Jogo a espaços muito bem disputado. Pelo que fizemos merecíamos sair pelo menos com uma igualdade. Tivemos a infelicidade de ter sofrido dois golos em dois erros nossos. A Camacha, por sua vez, aproveitou e acabou por vencer. Resta continuar a trabalhar como temos vindo a fazer para somarmos os pontos necessários para a manutenção"