segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Andorinha estreia-se com empate frente à Camacha Dia para mais tarde recordar...i Jornal de Notícias da Madeira

Este jogo foi um marco histórico para a equipa de Santo António, pois foi a estreia a um patamar competitivo nunca antes alcançado. Este será o baptismo num campeonato verdadeiramente nacional e o clube terá de preparar-se, para uma realidade muito diferente da até aqui enfrentada.
A equipa do Andorinha entrou em campo num sistema de contenção, apresentando três centrais - Zé Pedro, Pedro Estrela e Barbosa - mas cedo foi surpreendida pela Camacha que cedo chegou ao golo. Logo aos 2’, uma bola lançada para as costas da defesa da casa, colocou Vinicius na cara de Adriano e o golo acabou por surgir, embora o guardião tenha defendido o primeiro remate, mas sem apoios, nada mais conseguiu fazer.
O Andorinha entrou em campo excessivamente nervoso e ansioso, acabando por pagar essa factura. Aos 14’, Marquinhos num remate de longe colocou à prova Adriano. Contudo, com o passar dos minutos, o Andorinha foi equilibrando os acontecimentos e aos 19’ beneficiou de uma grande penalidade, após carga clara de Elton sobre Pires. Nélio Santos aproveitou para restabelecer a igualdade e escrever a letras douradas o seu nome na história do clube, como o primeiro golo na II Divisão. Este momento pareceu transtornar um pouco a Camacha e aos 25’, Paulinho rematou com violência, mas junto ao poste. Todavia, o golpe de teatro haveria de surgir aos 36’, quando Sandro correspondeu, de cabeça, a um centro de Gonçalinho e bateu o mal colocado Fábio.
A segunda metade mostrou um conjunto da Camacha muito mais agressivo e na procura constante do golo, arriscando na troca de um central - Miguel Afonso - por um avançado - Álvaro. Essa postura de risco poderia ter sido fatal, quando Nélio Santos lançado por Sandro surgiu isolado perante Fábio mas o “chapéu” foi alto de mais e o lance gorou-se. Todavia, o golo da igualdade haveria de surgir, na transformação de uma grande penalidade, por Pedro Maurício a punir uma mão na área de Zé Pedro. Até final, pese as oportunidades junto a ambas as balizas, o resultado não sofreria qualquer alteração.

Postura competitiva das equipas agradou

O Andorinha estreou-se na II Divisão - Zona Norte, com uma igualdade frente a um outro conjunto madeirense, a Camacha. No final da partida, Nélson Calaça o treinador do Andorinha, considerava que “no início estivemos nervosos e que demorou algum tempo a assentar o seu jogo. Nesse período a Camacha marcou e isso ainda intranquilizou mais a nossa equipa. Mas depois, aos poucos, a equipa começou a se soltar e começamos a chegar com mais perigo junto à baliza da Camacha e acabamos por conseguir marcar por duas vezes. Na segunda parte, quando tínhamos o jogo mais ou menos controlado, pois em termos defensivos estávamos coesos e conseguíamos sair bem no contra-ataque, aconteceu o penalty e a expulsão do Zé Pedro e logo depois a lesão do Gonçalinho o que condicionou o nosso jogo a meio-campo. Todavia, as equipas bateram-se bem, num jogo com períodos não muito bem jogados, mas em termos gerais houve uma boa atitude por parte de ambas as equipas. Ambas as equipas queriam ganhar, embora com posturas diferentes. Resumindo, penso que o empate acaba por ser justo. Era importante não perder neste arranque, para a equipa ganhar confiança”.
Por seu turno, o técnico da AD Camacha, José Barros considerava que “sabíamos que seria um jogo complicado, para mais num piso onde não estamos habituados, com um adversário que se estreava e queria limpar a imagem deixada no último jogo, mas penso que fomos a única equipa que procurou vencer o jogo. O nosso adversário, só em lances fortuitos e em erros nossos chegou ao golo, mas a este nível, os erros pagam-se caros e nós pagamos esses erros. Contudo, considero que a haver um vencedor só poderia ser a Camacha, por aquilo que fez, pelo volume de jogo e pelas oportunidades criadas. Fomos a única equipa que procurou o golo, desde o início até ao fim, demonstrando também, alguma qualidade no seu jogo”

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