sexta-feira, 13 de março de 2009

Tempo de mudança

Os principais campeonatos organizados pela F.P.F têm sofrido, nos últimos anos, diversas modificações na sua estrutura e composição. Medidas, alterações que não têm sido nada abonatórias à sobrevivência dos clubes. Muito pelo contrário, campeonatos, promoções, despromoções decididas não pela regularidade qualitativa que advém de uma competição de jornadas, mas por “play-offs”, coeficientes, grandes penalidades..., enfim inúmeras incoerências. Estas decisões só trouxeram e agravaram as dificuldades que os clubes têm vindo a revelar nestes tempos, além de que a verdade desportiva há muito que se afastou das lides do futebol. Tudo isto, graças a eruditos, especialistas, intelectuais, que idealizaram toda esta estrutura, que já se revelou ser ineficaz, ridícula e inoperável.

Quem se responsabiliza por todo este fracasso?

O que já foi feito demonstrou ser um autêntico desastre, o que se está a fazer um verdadeiro fiasco, e o que está para vir não é mais do que uma forma de aniquilar aqueles que sobreviveram a todos a estes atentados intelectuais e desportivos.

Creio que é uma boa altura para dar espaço a novas ideias, a novas visões, a novas perspectivas afim de se evitar a extinção do futebol em Portugal, na sua vertente mais saudável, interessante e apaixonante. Há que dar espaço a novos rumos, à reestruturação sustentável dos quadros técnicos das federações e associações, dos quadros competitivos, da formação, de forma a acompanharmos a evolução natural dos tempos.

Atravessamos um período de crise financeira; não passemos, também, por uma crise intelectual e ideológica.

 

José Barros Araújo

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