quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Camacha vende cara a derrota


A equipa da AD Camacha "vendeu" bem cara a derrota no jogo deste domingo, disputado na Póvoa do Varzim, com a equipa local, referente à 9ª jornada do Campeonato Nacional da II Divisão - Zona Norte. Numa das melhores exibições da equipa na presente época e certamente na melhor fora de portas, a equipa camacheira merecia outra sorte e fundamentalmente outro resultado.
Tratou-se de uma equipa da Camacha bem organizada e com a lição bem estudada, aquela que se apresentou no estádio do Varzim para defrontar o então vice-lider da competição. Concedendo, na fase inicial do jogo, o dominio do esférico à equipa do Varzim, mas anulando ou limitando as ações em que os locais são mais fortes, os jogadores da Camacha foram contendo e minimizando o previsivel ímpeto inicial do adversário. Os póveiros eram mantidos afastados da baliza de Rui Sacramento, da qual apenas se conseguiam aproximar através de lances de bola parada, como aconteceu aos 10 minutos, quando o defesa João Faria, na sequência de um livre lateral, apareceu à entrada da pequena área a cabecear ao lado.
A Camacha respondeu de imediato e nos minutos seguintes desenvolveu algumas boas iniciativas de ataque, aproximando-se da baliza adversária e pondo em sobressalto a sua organização defensiva (que recorde-se é "só", até à actualidade, a melhor defesa da prova, ou seja, aquela que, das 3 séries, sofreu menos golos - 2). E aos 19 minutos, na sequência de um pontapé de canto, resultante duma dessas iniciativas ofensivas da equipa camacheira, Custódio está próximo de inaugurar o marcador.
Já com o jogo totalmente equilibrado, uma perda de bola da equipa da Camacha, no seu meio campo ofensivo, possibilitou a saida em contra-ataque por parte da equipa adversária, da qual resultou o único golo da partida, com um atacante (Duarte) da equipa do Varzim, bem servido por um companheiro, a surgir isolado perante Rui Sacramento, fintando-o e enviando a bola para o fundo da baliza camacheira. Estavam decorridos 27 minutos de jogo.
A partir deste momento, os jogadores da Camacha intensificaram ainda mais as suas acções ofensivas e nos minutos seguintes conseguiram mais duas situações de finalização, através de remates exteriores, o 1º por intermédio de Ricardo Fernandes e 2 minutos após, novo remate desta feita por Custódio. Quanto à equipa do Varzim, não mais se conseguiu aproximar da baliza da Camacha durante a 1ª parte.
Chegados ao intervalo, embora com o (injusto) resultado desfavorável, os atletas da Camacha e o seu técnico sentiam que era possível alcançar um resultado positivo. E em sinal e na procura disso mesmo, Douglas é lançado no jogo logo no reinicio da partida.
A intensidade do jogo aumentou após o intervalo, com a equipa da Camacha a procurar assumir o dominio do jogo e alcançar o golo do empate o quanto antes, enquanto que os da casa procuravam suster as investidas ofensivas da Camacha e responder em contra-ataque sempre que possivel. Situação essa que ainda conseguiram explorar numa fase inicial, criando inclusivamente, aos 53 minutos, uma boa oportunidade para chegar ao 2º golo, na qual o guarda-redes camacheiro, Rui Sacramento, se opôs de forma eficaz e decisiva. Os visitantes não se deixaram afectar e intensificaram ainda mais as suas acções, aumentando ainda mais o seu dominio ao nível da posse da bola, bem como, das zonas onde desenvolviam as suas acções ofensivas. Bem no interior do meio campo defensivo da equipa do Varzim.
As dificuldades da equipa do Varzim eram cada vez mais evidentes, quer em termos defensivos, onde o recurso à falta para travar as acções ofensivas dos jogadores da Camacha era cada vez mais frequente; quer em termos ofensivos, já que as iniciativas de ataque da equipa eram cada vez mais escassas e mais distantes da baliza da Camacha, não chegando sequer a haver remate, excepção apenas para um remate longinquo e sem qualquer perigo aos 66 minutos. Curiosamente, o lance de maior perigo para as redes camacheiras foi protagonizado pelo guarda-redes varzinista quando, saindo-se da sua área para anular mais uma iniciativa de ataque dos visitantes, pontapeou a bola para a frente e esta, seguindo na direcção da baliza de Rui Sacramento, após ressaltar no relvado (molhado), adquiriu ainda maior velocidade, sobrevoou o guarda-redes camacheiro e embateu no poste esquerdo da baliza deste.
A Camacha instalava-se cada vez mais no meio campo defensivo da equipa do Varzim e aproximando-se com frequência e por vezes bastante perigo da baliza varzinista, como foram disso exemplo os dois remates efectuados por Douglas à passagem dos minutos 71 e 72, que mereciam melhor sorte e dariam maior justiça ao resultado. Mas, apesar do dominio e de todos os intentos, por parte dos jogadores da Camacha para inverter o resultado, este não viria a alterar-se e já nos minutos finais da partida, a equipa do Varzim viria inclusivamente, contra a corrente do jogo, a dispôr de nova boa oportunidade para dilatar a vantagem e "sentenciar" a partida. Naquilo que seria uma injustiça ainda maior para o esforço, a atitude e a qualidade demonstrada pelos jogadores da Camacha, que mereciam melhor sorte e fundamentalmente outro resultado por tudo aquilo que fizeram.

HOMEM DO JOGO: Amar - Não porque o seu nível exibicional tenha sido superior ao da generalidade dos colegas, que não foi, pois outros companheiros ser apresentaram em nível igualmenteelevado, mas sim porque apenas um pode ser destacado e fundamentalmente, para vincar e reforçar o domínio COLECTIVO da equipa neste jogo.
(Foto: www.varzim.pt)

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