quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Treinadores


 Critérios de selecção

Tempos de crise, tempos de austeridade económica. Tempos de reflexão mas, prioritariamente, de acções. Por todos os sectores institucionais, económicos, empresariais, desportivos, familiares, da nossa sociedade, são obrigados a tomar decisões.
Decisões que terão de ter em conta o presente e que desta vez não hipotequem o futuro.
Os clubes, também, não vivem dias de fartura. Desta forma, a escolha dos plantéis como também do treinador terá de ser rigorosa e criteriosa. Algo que já deveria ser comum e natural. É um facto que em muitas entidades desportivas, principalmente, na modalidade de futebol, esta selecção tem sido pouco eficaz e rigorosa. Não se verifica um critério na selecção dos recursos humanos. As poucas entidades que possuem esses critérios de selecção são os que de, uma forma evidente, conseguem atingir sucesso, isto é, atingem os objectivos propostos inicialmente.
Na escolha de um treinador há que ter em conta diversas características: a sua competência, os seus conhecimentos técnicos e tácticos, a sua capacidade de liderança, a capacidade de potenciar os recursos, as suas qualidades humanas, o perfil adequado ao modelo de jogo ou á estrutura e características do clube, e não menos importante, os seus índices de motivação. Motivação que deverá ser adequada e consonante com os objectivos do clube. Existem treinadores monetariamente ambiciosos, existem treinadores cuja imagem querem promover, como também, existem outros cuja ambição passa pelo âmbito desportivo/carreira.
Todas estas e outras características deveriam ser tomadas em conta aquando da contratação de um técnico. Tendo em conta um projecto do clube, é importante definir critérios de selecção, tal como, recolher o máximo de informação para minimizar as hipóteses de insucesso, e depois de uma análise exaustiva, coerente e ponderada definir quais os treinadores aptos para liderar esse projecto. Desta forma, a responsabilidade do sucesso e do insucesso é repartida por todos os intervenientes e não só pelo treinador. Mas cumprindo com esta norma e não indo atrás de outros agentes desportivos, cuja preocupação é extorquir os clubes e servir-se dos mesmos, o sucesso está sempre mais próximo e garantido.
Se começarem a despedir os dirigentes quando estes despedem os treinadores, talvez comecem a olhar para a contratação destes doutra forma, sendo mais rigorosos e obedecendo a critérios ponderados e fundamentados.

                                                                                               José Barros Araújo

Nenhum comentário: