segunda-feira, 26 de abril de 2010

Real Massamá, 2 AD Camacha, 2 in Diário de Notícias da Madeira

Foi com alguma sorte que a Camacha arrancou um importante ponto
para evitar a descida de divisão. O conjunto da Pérola do Atlântico
teve o mérito de sempre acreditar que era impossível evitar a
derrota, aproveitando alguma ingenuidade da jovem equipa adversária.

A primeira parte do encontro foi enfadonha, sem motivos de interesses,
e só na etapa complementar é que se viu alguma qualidade.
Aos 50 minutos, o jogo parecia resolvido. A formação do Real aproveitou
uma entrada adormecida da Camacha na segunda parte e marcou
dois golos, em três minutos, que pareciam ter resolvido o encontro.
José Barros mexeu de imediato na equipa - retirou o médio Pita
para entrar o avançado a Anderson -, mas os madeirenses, apesar
de empurrarem o adversário para o seu último reduto, eram
incapazes de criar perigo. A equipa da casa continuava a tomar
conta do jogo e o guardião Fábio, que foi mal batido no primeiro
golo sofrido, evitava um resultado mais volumoso.

Até que Dally, aos 69 minutos, surge isolado só com
Bruno Fernandes pela frente e é carregado. Grande penalidade
bem marcada, com o guardião a ser expulso, e Geufer reduziu
a diferença. O tento ilhéu relançou a partida e o técnico visitante
arriscou tudo, passando a jogar com três defesas.

A entrada do veterano Joel Santos permitiu aos insulares acelerar
o ritmo, mas as melhores oportunidades continuavam a pertencer
à formação do Real, apesar de actuar com menos um elemento.
Contudo, já no tempo de compensação, surgiu mais um penálti abençoado
para a Camacha, desta vez a castigar mão de Hugo Rosa. A responsabilidade
voltou a recair sobre os ombros do brasileiro Gaufer, que não desperdiçou
a hipótese do empate. O golo foi muito festejado por toda a comitiva
insular e poderá revelar-se decisivo nas contas da manutenção. Na última
jornada, os camacheiros recebem o Lagoa, bastando um empate para não
ser preciso fazer contas.

Arbitragem regular.

Treinadores

Filipe Ramos, (treinador do Real)
"Não temos palavras para descrever aquilo que sentimos. Foi das maiores
injustiças a que já assistiu. Jogamos muito bem e tínhamos o jogo
controlado e depois com o primeiro penálti ficamos mais intranquilos".

José Barros, (treinador da Camacha)
"Foi um jogo equilibrado e sabíamos que o Real necessitava de vencer
esta partida. Na segunda parte entramos mal, cometemos dois erros,
e, depois de estar a perder 2-0, coloquei toda a carne no assador. Chegamos,
felizmente, ao empate".


Miguel Gouveia Pereira

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