quinta-feira, 22 de abril de 2010

Crónica A gestão do plantel por José Barros

A gestão de um plantel e de uma época desportiva obedece a vários factores que podem determinar o sucesso ou o insucesso da mesma. Um dos aspectos a ter em conta, são os quadros competitivos. Há quem defenda que em Portugal se treina demais e que se devia seguir o exemplo de outros países onde se efectuam, muitas vezes, três jogos por semana. Mas, também, é certo que esses mesmos treinadores acabam por se queixar quando confrontados com tal panorama. Poderá parecer um contracenso, mas é algo totalmente explicável.

A diferença dos quadros competitivos nas equipas é um factor determinante. O quadro competitivo de uma equipa de topo, onde tem que participar em diferentes competições durante uma época desportiva, é totalmente diferente de um conjunto cuja preocupação é garantir a manutenção.

Daí haver uma necessidade de gerir todos os recursos humanos, para que os atletas possam estar na sua melhor forma em todas as competições em que estão inseridos. Isto implica ter um plantel equilibrado e recheado de soluções e alternativas válidas. Algo que um clube de menor dimensão não consegue obter.

Um atleta consegue render mais se os tempos de repouso entre competições for adequado, o que significa que os jogadores duma equipa mais modesta, mais tarde ou mais cedo, iriam entrar em sobretreino, o que afectaria a forma física e mental, mais rapidamente, do que de uma equipa com recursos mais avantajados.

Creio que a medida de fixar um número máximo de atletas por equipa poderá ser uma medida positiva. Com certeza que o intuito é minimizar as diferenças entre os grandes clubes e os pequenos, mas considero que aproximar o número de jogos entre todas as equipas, poderá, também, permitir que todos os jogadores, no final da época tenham cumprido, o mesmo tempo de jogo, reduzindo as hipóteses de haver equipas beneficiadas.

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