terça-feira, 14 de outubro de 2008

Crónica mensal - Diário de Notícias




José Barros, Treinador de futebol
É preciso agir e não reagir
Data: 14-10-2008
Vivem-se tempos de indefinição económica. O cidadão comum, empresas, sectores diversos não estão imunes às consequências que daí poderão advir. Naturalmente, o futebol não irá passar à margem deste acontecimento, ou não estivesse directamente ligado ao mundo empresarial. Os sinais são claros e os grandes clubes europeus já começam a sentir os efeitos. São do conhecimento público os endividamentos de clubes como o Arsenal, Manchester United, Liverpool, Chelsea,... a própria dívida do futebol Inglês atinge os milhões de euros. Situação que deverá chegar ( se já não chegou) aos clubes Portugueses.  Desta forma, torna-se imperativo tomar medidas para que o efeito da crise seja minimizado e precavido para futuras situações idênticas. Cabe à FPF, Associações de Futebol, em representação dos seus clubes, procurar, debater, definir soluções, sendo esta a altura ideal, já que a crise cria uma excelente oportunidade para arranjar soluções e aprender com os erros cometidos.  O próprio governo não sabe como vai evoluir a economia, os especialistas pouco arriscam em prever o futuro, nem os mais prestigiados economistas sabem a resposta para encontrar a solução para esta crise. Daí a importância de não ficar de braços cruzados à espera dos efeitos que possam surgir. É altura de agir e não de reagir. Poderá até ser um tónico para a FPF alterar a imagem pouco abonatória que tem demonstrado.  Platini já forneceu algumas dicas por onde se poderá iniciar um plano de acção, quando enalteceu e alertou para a necessidade de se definir um tecto salarial no mundo futebolístico. Uma outra medida poderá passar por um campeonato mais interessante de se seguir e disputar, sem as inúmeras paragens e interrupções que só trazem desinteresse, prejuízos e uma fraca imagem ao Campeonato Português. 

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