segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Resultado Injusto

Foi uma Camacha muito desfalcada a que se apresentou contra o Vizela. Com Élton, Ávalos, Custódio, Bruno e Vinícius de baixa por lesão e tendo ainda perdido Paulinho e Marco durante a época, temia-se um desfecho negativo, o que veio a acontecer. O Treinador José Barros promoveu várias alterações e deu a Nuno a sua estreia como titular. Temia-se ainda que fosse a Camacha a pagar o último jogo do Vizela em casa que tinha sido prejudicado pela arbitragem, o que infelizmente também veio a acontecer. Indo ao jogo propriamente dito, o Vizela entrou claramente disposto a discutir o jogo pressionando bastante alto. De referir que durante a primeira metade o jogo era bastante repartido com a Camacha a conseguir também sair para o ataque. Aos 6 minutos de jogo amarelo para Miguel Afonso que cortou uma bola com a mão, num lance em que havia claro offside de um jogador do Vizela e quando dizemos claro, referimo-nos a pelo menos 3 metros adiantado em relação à defesa da Camacha. Aos 11 minutos amarelo a Nivaldo(aceitável) e aos 16 minutos amarelo a Rui Manuel e penalty por obstrução que viria a ser desperdiçado por João Martins do Vizela. O penalty é discutível e o condão que teve foi de acalmar um pouco o árbitro, ainda que momentaneamente. Aos 19 minutos de jogo, penalty a favor da Camacha, cometido por Ricardo Jorge(mão na bola) e aqui pensou-se que talvez o árbitro apenas tivesse entrado mal no jogo. No entanto, Álvaro cobrou muito denunciado e permitiu a defesa de Paulo Freitas(muito boa exibição). Aos 23 minutos Nivaldo ensaia um grande remate que sai a rasar a baliza adversária. O jogo mantinha-se equilibrado e aos 35 minutos de jogo, Ghilas(avançado possante) passa por vários jogadores da Camacha em jogada individual e fuzila Botelho. Pareceu haver alguma displicência da defensiva da Camacha que por vezes foi demasiado vulnerável. A partir daqui começou a aparecer Ludgero, que com dois remates fortíssimos aos 43 e 44 minutos de jogo, já ia justificando o golo. E foi com alguma sensação de injustiça que as equipas recolheram ao balneário(o empate era o resultado mais ajustado ao jogo).

Na segunda metade a Camacha entrou decidida a dar a volta ao jogo. Paulatinamente, foi empurrando o Vizela para o seu meio campo. Nivaldo aos 52 minutos e Amar aos 58 minutos na cobrança de um livre podiam ter feito o empate. A justa igualdade veio ao minuto 64 com um golo de pé esquerdo de Ludgero após desmarcação de Álvaro. Grande jogada da Camacha que repunha a justiça no marcador. Durante estes primeiros 20 minutos da segunda metade realce apenas para um ataque do Vizela, num lance em que Ghilas cria perigo, após ostensivamente ter agarrado Rui Manuel para o impedir de chegar ao golo. Inteligente reacção de Rui Manuel que foi comedido nos protestos, pois deve ter-se lembrado que já tinha sido amarelado. A partir daqui deu-se um autêntico assalto às redes do Vizela, com remate de Pedro Maurício aos 66, de Álvaro para defesa de Paulo Freitas aos 68, de Amar aos 69, e novamente de Pedro Maurício à meia-volta aos 76. A bola fazia questão em não entrar e o árbitro ia anulando várias investidas assinalando faltas incríveis(pelo menos três foram assinaladas ao contrário)… e quando o engano é sempre para o mesmo lado! O árbitro conseguiu ir equilibrando o jogo e permitiu a reacção do Vizela nos minutos finais. O Vizela dispôs de 2 ocasiões de muito perigo e numa delas Diego Mourão aos 87 minutos elevou-se mais alto que os centrais da Camacha e fez golo e deu ainda uma maior injustiça ao placard. A Camacha foi ainda buscar forças ao fundo do poço e lançou-se afincadamente à procura do empate. Conseguiu ainda criar algumas oportunidades nos instantes finais, com destaque para um lance confuso aos 91 minutos em que a bola é salva em cima da linha de golo. Grande exibição da equipa da Camacha, nomeadamente na segunda metade, a justificar plenamente outro resultado. Nota positiva para os assistentes de Tiago Martins, que não tiveram falhas de maior e pareciam estar numa sintonia diferente da do chefe de equipa. Finalmente destaque para aquilo que vai sendo uma raridade já que os adeptos da Camacha, visivelmente indignados, permitiram que a equipa de arbitragem recolhesse tranquilamente aos balneários com um mínimo de impropérios e dignaram ainda a equipa da Camacha com uma merecida salva de palmas. O futebol deve ser uma festa e mesmo que alguém não alinhe pelo mesmo diapasão, deve-se sempre manter a dignidade e sair de cabeça erguida.

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