terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Jogo intenso acaba em empate

Foi uma partida jogada a bom ritmo, sobretudo na segunda parte que o bastante público teve o prazer de assistir. Nem sempre bem jogado, foi um jogo de bastante luta e vontade. O Caniçal demonstrou possuir algumas pedras bastante fortes na sua equipa e durante todo o encontro lutou até à exaustão. A AD Camacha pareceu sempre sentir grandes dificuldades na adaptação ao relvado sintético e os jogadores do Caniçal acabavam por ser mais rápidos sobre a bola e ganhar a maioria dos duelos individuais. A Camacha começou bem a tentar pressionar alto e foi imediatamente recompensada com a obtenção de um golo. Num lance que tem tanto de evidente como de desnecessário, um defesa do Caniçal atrasa-se no corte e acaba por acertar nas pernas de Pedro Maurício e causar penalty. Foi assim à passagem do minuto 4 que Álvaro aproveitou para dar vantagem à Camacha. A partir daqui, o Caniçal foi crescendo no jogo através de um meio campo bastante esclarecido e alas rápidos. A Camacha sentia dificuldades em contrariar o adversário e o seu miolo parecia demasiado leve para o estado do relvado e para as condições climatéricas que se faziam sentir, com chuva e vento. O Caniçal chega ao empate ainda na primeira parte com um cruzamento da direita para a área e um avançado a cabecear à vontade para o golo. Foi um lance em que a defesa da Camacha não fica isenta de culpas. Com Miguel Afonso no lugar do lesionado Élton, a defesa não revelava a mesma segurança evidenciada nos últimos embates.
Foi com uma igualdade que se chegou ao intervalo. Na segunda parte o jogo ficou mais rápido e continuou bastante disputado. O Caniçal a precisar de pontos e com os seus jogadores “a darem o litro” tentava empurrar a Camacha para a sua defensiva. A partir dos 20 minutos da 2ª parte começou alguma contestação dos adeptos locais ao juiz da partida com os jogadores do Caniçal a pedirem amarelos e a acabarem eles a vê-los por protestos. Diga-se em abono da verdade que nos pareceu uma actuação globalmente certa do árbitro e que este não teve influência no resultado. Referência ainda neste período para algumas intervenções de grande qualidade de Botelho. Aos 34 minutos de jogo, Rui Manuel dispôs de uma oportunidade flagrante para dar vantagem à Camacha, com um cabeceamento a rasar o poste a aproveitar a cobrança de um canto. Nos últimos minutos o Caniçal encostou a Camacha às cordas e viria ainda a ter um golo invalidado por fora de jogo no último minuto de descontos, o que incendiou ainda mais os adeptos da casa que acabavam por atribuir o desfecho final à actuação do árbitro. Da nossa parte, gostámos da equipa do caniçal, uma equipa extremamente aguerrida, com um bom meio campo e alguns alas bastante rápidos. Pareceu-nos ter algum défice de altura nas bolas paradas. A Camacha terá tido porventura um dos seus jogos menos conseguidos, acusando as várias ausências por lesão, o relvado sintético, o vento que se fazia sentir e porque não dizê-lo, a boa exibição da equipa do Caniçal

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