segunda-feira, 21 de março de 2011

Jogo menos conseguido

Foi um jogo atípico a que se assistiu hoje na Camacha frente ao Ribeirão. O bom tempo que se fazia sentir não teve o condão de inspirar a equipa de casa. Julgamos que terá sido o jogo menos conseguido da época e a não repetir.
O jogo começou bastante equilibrado e os primeiros dez minutos foram extremamente repartidos. O jogo mantinha-se nesta toada e o primeiro remate pertenceu à equipa do Ribeirão através de Rodrigo, embora sem perigo, aos 12 minutos. O Ribeirão chegaria à vantagem logo a seguir no primeiro lance de efectivo de perigo do jogo. Grande golpe de cabeça de Gilmar no coração da área e sem qualquer oposição da defensiva da Camacha. De repente, a AD Camacha encontrava-se em desvantagem e esperava-se que a equipa respondesse à desvantagem. Aos 16 minutos, amarelo para Bruno por entrada dura sobre um adversário. A Camacha sentia dificuldades em sair para o ataque, com a equipa contrária a mostrar-se muito certinha e bem organizada. O primeiro remate digno de registo só aconteceu aos 17 minutos, por Ludgero, com a bola a sair por cima da baliza. Aos 23 minutos foi poupado um amarelo a Feliz (extremo do Ribeirão) por uma entrada muito dura. O jogo continuava muito disputado e Wilson no miolo do Ribeirão destacava-se dos demais intervenientes. À passagem da meia hora, nova falta de Feliz, desta feita sobre Góis que nem sancionada pelo árbitro foi. O Ribeirão continuava bastante agressivo nos seus processos e Ricardo Martins cometeu duas faltas consecutivas, sem ter qualquer sanção disciplinar. Aos 37 minutos, grande arrancada de Nuno que conseguiu ganhar a linha, mas acabou por não conseguir cruzar. A fechar a primeira metade, Bruno dispôs de uma oportunidade flagrante à entrada da área, mas rematou fraco e à figura de Hugo Magalhães. O jogo ia então para intervalo e o resultado mais justo seria o empate.
Na segunda metade, o Ribeirão procurou defender e jogar sempre atrás da linha da bola. A Camacha sentiu sempre grandes dificuldades em penetrar na muralha defensiva contrária, abusando de muitos lançamentos longos. Nesta fase de muita luta e poucos lances de registo, realce para a terceira falta, mais uma dura, de Ricardo Martins e mais uma vez sem admoestação. Embora sem influência no resultado, Ricardo Lourenço de Portalegre acusava gritante dualidade de critérios no capítulo disciplinar e uma exagerada complacência na demoradíssima reposição de bola por parte dos jogadores do Ribeirão. Queimar tempo é uma coisa, demorar mais de 30 segundos para um lançamento lateral e ficar sistematicamente no chão, só é possível com a complacência do árbitro.
Aos 65 minutos, remate de Zé Paulo à figura de Hugo, na cobrança de um livre. Aos 66, amarelo a Botelho por protestos (a facilidade com que se mostra para um lado e perdoa para o outro!).
A Camacha procurou no último quarto de hora inverter o rumo dos acontecimentos e lançou-se à procura da igualdade. Realce para a segurança evidenciada pelo guarda-redes contrário, sempre a mostrar grande segurança e a impedir os intentos da Camacha. A Camacha tentava mas não conseguia. Nota ainda para o enésimo aviso do árbitro ao guarda-redes do Ribeirão e pela enésima vez, sem admoestação. Até ao final, a Camacha dispôs apenas de mais uma boa oportunidade através de Élton, de cabeça. Os 5 minutos concedidos por Ricardo Lourenço escoaram-se e surgiu o apito final. Ficou algum amargo de boca pela prestação menos conseguida da Camacha hoje e que de certeza a equipa irá tentar rectificar já no próximo jogo, em Bragança.

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