domingo, 8 de novembro de 2015

Derbi de um só sentido in Diário de Notícias da Madeira

Dérbi regional de um só sentido

A superioridade da equipa da Camacha foi evidente em campo, sobretudo na primeira parte. Fotos Joana Sousa/aspress
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O Campo Imaculado Conceição, em Santo António, assistiu a uma animada partida de futebol, que opôs os caseiros, Marítimo ‘B’ frente ao Camacha, referente à 9ª jornada do Campeonato Nacional de Seniores Série A – Zona Norte, que acabou com a vitória dos visitantes por 0-2.
Os camachenses não deram quaisquer hipótese ao seu adversário, no entanto, foi o Marítimo, por intermédio de China que assustou primeiro, logo aos 6 minutos, com uma belíssima jogada individual, que começou no seu flanco e rapidamente passou para o centro do terreno, passando por 4 adversários, terminando com a primeira boa defesa de Christopher no encontro.
A pouco e pouco o Camacha foi ganhando confiança e na cobrança exímia de um livre directo, João Pedro, inaugura o marcador sem quaisquer hipóteses de defesa a Edgar. O guardião bem que ‘voou’, mas nada podia fazer. Cinco minutos depois, novo livre directo a favorecer o Camacha e desta feita Ricardo, que ainda contou com a preciosa ajuda de Edgar aumentou o marcador. O guarda-redes maritimista ficou mal na fotografia.
Até ao intervalo os visitantes geriam a bola a seu belo prazer, pois usufruíam de vários passes falhados por parte dos verde-rubros. Mesmo assim, no meio de tanta atrapalhação maritimista, lá assustaram Christopher aos 41 minutos, na cobrança de um canto.
No segundo tempo os caseiros correram atrás do prejuízo, mas optavam por bombardear o esférico para a área, e quando a equipa visitante tem um defensor como o Ndiaye, esta só tinha a agradecer esta opção técnica (visto da cabine de imprensa o defesa era enorme, logo, imagine dentro de campo a sua estatura).
O Marítimo bem que tentava pelo menos reduzir, mas face a um guardião que raramente está fora de posição, uma defesa adversária bem coesa, controlada e segura e um meio campo pressionante, os caseiros não tiveram muitas hipóteses de balançar as redes contrárias, mas sempre que chegavam perto, assustavam.
Era notório a falta de calma e clareza por parte dos maritimistas, a ansiedade tomou conta até ao final do encontro e como tal erravam passes básicos, bombardeavam a bola para a frente, falhavam as marcações aos seus adversários, entre tantas outras coisas.
Na próxima jornada o Marítimo recebe o Neves Futebol Clube, enquanto a Associação Desportiva da Camacha é a anfitriã frente ao Minas de Argozelo.
Treinadores destacam superioridade da equipa visitante, sobretudo na primeira parte
n João Luís Martins (treinador do Marítimo B): “O jogo não correu bem frente a um adversário que conhecíamos. Fizemos uma das piores primeiras partes, contudo tivemos algumas oportunidades de empatar. No segundo tempo usamos as nossas armas e o jogo mudou. Ainda temos alguma vantagem face ao adversário, queríamos mais mas não foi possível. Pecamos por aquilo que não fizemos na primeira parte.”
n José Barros (treinador do Camacha): “Foi um jogo onde, para mim, foi evidente a superioridade da Camacha. Entramos bem na partida frente a uma equipa muito técnica, com muita qualidade e muitos jogadores jovens. Quisemos demonstrar, desde o início, aquilo que viemos fazer, que era procurar a vitória que andava a fugir-nos há algum tempo. É um resultado justo face a tudo o que se passou, na primeira parte dominamos e na segunda não criaram grande perigo.”
camacha motivada
Numa jornada em que o Marítimo B acentuou o mau momento, a AD Camacha aproveita para respirar um pouco melhor, após um triunfo que dá grande motivação tendo em vista as próximas jornadas. As equipas madeirenses continua a ocupar os lugares mais baixos da tabela classificativa. O dérbi madeirense foi o único jogo realizado até ao momento nesta 9.ª jornada do Campeonato de Portugal. 
destaques do jogo
Christopher
É um daqueles guarda-redes que tanto evita pesadas derrotas, bem como, ‘segura’ resultados importantes. Dos atletas mais regulares do plantel.
João Pedro
Abriu o marcador num fantástico livre directo e sempre tentou empurrar a ‘sua’ equipa para a frente. O cérebro do miolo do terreno camachense.
Vasconcelos
Bem que tentava subir pelo seu flanco mas, normalmente, sem sucesso. O quarteto defensivo verde-rubro estava muito confuso.
Lynneeker
Desta vez a sua técnica não surgiu em jogo, muito por culpa da marcação que os adversários faziam mas também notou-se um pouco de falta de inspiração.

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