quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Vitória arrancada a ferro e ...água (muita água)


A AD Camacha deslocou-se no passado fim de semana até Ponte de Lima, para defrontar a equipa local ("Os Limianos"), em jogo da 6ª Jornada do Campeonato Nacional de 2ª Bivisão "B" - Zona Norte, tendo conseguido alcançar uma preciosa vitória.
Tratou-se de um jogo extremamente dificil, para ambas as equipas e em especial para a turma da Camacha, pois para além das dificuldades já previsíveis e esperadas, causadas pela valia do adversário, que jogava diante do seu público; e pelo facto do jogo decorrer em piso sintético, (uma novidade para os Camacheiros, em jogos oficiais, esta época) e possivelmente molhado, acresceram ainda as dificilimas condições atmosféricas durante o jogo e em especial durante a 1ª parte.

Parte essa, em que, se a chuva intensa dificultava a tarefa aos jogadores de ambas as equipas, o forte vento que se fez sentir foi particularmente castigador para os jogadores da Camacha, que jogaram durante 45 minutos contra mais este "fortissimo adversário".
Assim sendo, os jogadores da equipa da casa, já com a vantagem de por si só, estarem bem mais adaptados ao piso (sintético), contaram ainda com a preciosa "ajuda" do vento que impedia ou pelo menos limitava e muito o desenvolvimento das acções colectivas ofensivas da equipa da Camacha, pois se pelo chão era muito dificil, pois a bola ora parava de forma inesperada e imprevisível em zonas de maior concentração de água, ora ganhava maior velocidade no contacto com o solo, pelo ar era mesmo impossível, pois o vento alterava a direcção e o sentido da bola devolvendo-a na direcção da baliza da Camacha.
Aproveitando a conjugação de todos estes factores, a equipa do Limianos dispôs do dominio territorial e da posse de bola durante toda a 1ª parte, procurando tirar partido dos mesmos, em especial do vento, para surpreender, nomeadamente recorrendo com alguma frequência ao remate exterior e às bolas longas (cruzamentos em profundidade) para o interior da área Camacheira. No entanto, tal opção não significou a criação de especiais situações de finalização ou mesmo lances de maior perigo para as redes da baliza de Rui Sacramento, ora porque a pontaria dos jogadores da casa não foi a melhor, ora porque a organização e coesão defensiva da equipa da Camacha foi resolvendo as situações permitindo, inclusivamente, que os seu guarda-redes não tivesse sequer que intervir muitas vezes.
Destaque apenas para um lance, logo nos instantes iniciais da partida, em que um jogador do Limianos aparece sozinho, à entrada da pequena área da Camacha, a desviar a bola para a baliza mas o guarda-redes da Camacha negou-lhe o golo. 
Após o intervalo, o jogo tornou-se mais equilibrado, curiosamente com as condições atmosféricas a melhorarem também um pouco, "beneficiando" uma vez mais a equipa do Limianos que acabou por não ser sujeita a jogar com o forte vento permanentemente contra, como havia sucedido à equipa da Camacha durante a 1ª parte. A equipa da casa não alterou muito o estilo de jogo que vinha apresentando, potenciando bastante o jogo exterior, através dos remates exteriores, bem como, o jogo directo para os elementos mais ofensivos. Por seu lado, a turma Camacheira procurou por em prática (já com mais condições para tal) alguns dos seus principios de jogo, nomeadamente, em termos ofensivos, conseguindo algumas transições com relativo sucesso, causando maiores problemas à estrutura defensiva adversária, provocando-lhes por vezes o erro, chegando mais próximo da baliza e em alguns casos com oportunidade para finalizar.
Até que, aos 71 minutos de jogo, uma dessas aproximações à baliza adversária iria resultar num pontapé de canto, do lado esquerdo, favorável à equipa da Camacha, cobrado pelo capitão Zé Paulo com a bola a ser desviada por Álvaro (entrado minutos antes) e a "sobrar" para Rui Manuel que em zona frontal à baliza do Limianos a empurrou para o interior da mesma, fazendo assim o resultado final da partida. 
Até final o adversário forçou ainda mais em termos ofensivos na procura do golo do empate, permitindo mais alguns espaços na sua zona mais recuada e a possibilidade da equipa da Camacha efectuar mais algumas transições ofensivas mas o resultado não mais se alterou, muito por culpa do bom desempenho e da organização e do acerto defensivo da equipa da Camacha. EQUIPA, cujos jogadores deram neste jogo uma demonstração plena e clara de entreajuda e coesão de equipa, em muito baseada no espirito e capacidade de sacrificio individual de TODOS, em prol do colectivo.

A todos os atletas... voçês foram neste jogo e continuarão a ser, certamente, nos próximos, os BRAVOS da Camacha.

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