segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Empate “com sabor amargo” após decisão polémica.


No jogo de estreia no campeonato, época desportiva 2011-2012, a AD Camacha recebeu em sua casa a equipa do Tirsense, um dos candidatos assumidos à subida de divisão. As duas equipas proporcionaram a todos aqueles que se deslocaram até ao Complexo da Nogueira,
um bom jogo de futebol, sem muitas claras oportunidades de golo, é um facto, mas com grande organização e empenho de parte a parte. Após uns primeiros (10) minutos de equilíbrio e estudo mútuo, a equipa forasteira começou a conquistar algum ascendente na partida, jogando mais próximo da área da AD Camacha e conseguindo a espaços uma ou outra situação de finalização. Sendo que, o minuto 13 poderia ter sido de azar para a turma da casa não fosse o chapéu de Correia (nº23 do Tirsense) a Rui Sacramento ter saído demasiado comprido. Num lance aparentemente inofensivo, em que uma hesitação defensiva após um alívio de bola de um dos centrais da equipa visitante permitiu que o avançado da equipa de Santo Tirso surgisse isolado em posição frontal à baliza. Mas, a pouco e pouco, e após
pequenos reajustamentos promovidos pelo seu treinador, a equipa da Camacha foi-se “soltando”, passando a pressionar mais alto e de forma mais intensa e determinada o seu adversário e a ter mais tempo e com mais qualidade e critério, a bola em seu poder. Desta forma, a AD Camacha foi transferindo, gradualmente, o jogo para o meio campo adversário aproximando-se cada vez mais e com maior frequência da área adversária e criando as suas próprias situações de finalização. Passando a pertencer-lhe o domínio do jogo. Domínio esse que foi particularmente acentuado nos últimos 15 minutos da 1ª parte, nos quais apenas por duas vezes a equipa do Tirsense se conseguiu aproximar da baliza de Rui Sacramento. A última das quais através de um lance de bola parada, pois de outra forma já não o conseguiam fazer tal o controlo e o domínio do jogo demonstrado pela equipa da casa.
No regresso das cabines, após o intervalo, a equipa do Tirsense parecia disposta a voltar a equilibrar o jogo, pertencendo-lhe inclusive a primeira aproximação com algum perigo a uma das balizas, mas os jogadores da casa mostravam-se mais “frescos” e mais determinados
na conquista da vitória. Conscientes da valia do adversário, mas também, e mais importante ainda, confiantes nas suas capacidades e no trabalho desenvolvido no dia a dia, os jogadores da Camacha, continuaram a manter a organização e a procurar por em prática os seus princípios de jogo, mantendo o domínio da partida. Assim sendo, continuou a ser a equipa da casa aquela que mais e com maior frequência se aproximava da área adversária, criando algumas situação de finalização que levaram, pontualmente, o perigo para junto da baliza de Nuno
Dias e outras ainda em que tal “apenas” não aconteceu por falhas ao nível do último passe.
Já a equipa do Tirsense, exceptuando um lance por volta dos 60 minutos em que um dos seus jogadores cai na área e fica a reclamar grande penalidade, apenas aos 79 minutos volta a criar algum perigo para a baliza de Rui Sacramento e novamente num lance similar ao que já se havia registado aos 13 minutos de jogo, mas desta feita as compensações defensivas e a rápida pressão sobre o portador da bola impediram
que este pudesse finalizar com exito.
Nos minutos finais, numa fase em que ambos os treinadores, através das substituições, haviam já tentado refrescar as suas equipas para o forcing final na procura do golo da vitória, o jogo ficou um pouco mais partido e já durante o 1º dos três minutos que o árbitro havia dado de compensação, surge o caso do jogo com o árbitro a assinalar grande penalidade por uma suposta carga de Élton sobre um adversário
no interior da área, motivando os protestos dos jogadores, técnicos e adeptos da AD Camacha.
Chamado à marcação, Lio (nº24 do Tirsense) viria a converter com êxito a grande penalidade colocando o marcador em 0-1 para os visitantes. Um resultado deveras injusto para os jogadores da casa que tudo estavam a fazer para merecer e conseguirem a vitória. Mas, numa prova de enorme personalidade, numa equipa que realce-se é composta por muita juventude, onde claro está, a maior experiência de alguns dos seus atletas é fundamental e serve de suporte, os jogadores da AD Camacha não baixaram os braços nem atiraram a toalha ao chão, levantaram a cabeça, recolocaram-se no terreno e prepararam-se de imediato, enquanto o adversário festejava, para o ataque final à baliza adversária. E no último lance do jogo, com todos os jogadores (guarda-redes, incluído) da AD Camacha junto à área adversária, num
sinal de esperança e principalmente de QUERER, de ACREDITAR, após um livre lateral cobrado por Nuno Teixeira, com a bola a ser desviada já no interior da área por jogadores da Camacha, viria a ser um jogador da equipa de Santo Tirso a introduzir a bola na própria baliza e a fazer o 1-1 final.
De realçar ainda o apoio, leia-se aplausos, prestado pelo público aos jogadores da casa após o apito final do árbitro da partida, em reconhecimento do esforço efectuado pelos jogadores na procura da vitória. A ambos (jogadores e apoiantes) o nosso MUITO OBRIGADO.

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