domingo, 10 de junho de 2012

Alemanha 1 Portugal 0 in Diário de Notícias


A selecção nacional mereceu mais sorte num jogo em que foi superior.
Um cabeceamento Mario Gomez impôs ontem a derrota (1-0) à selecção portuguesa, que acertou duas vezes na trave da baliza alemã, em jogo da primeira jornada do Grupo B do Euro'2012.
Pepe, no final da primeira parte, e Nani, na segunda, surpreenderam Neuer, mas, em ambos os casos, a bola acabou por embater na trave da baliza alemã, enquanto Varela, após brilhante assistência de Nelson Oliveira, não conseguiu bater o guarda-redes alemão.
O ponta-de-lança germânico Mario Gomez decidiu o jogo com um golpe de cabeça à entrada da área lusa, aos 72 minutos, numa fase em Portugal estava a dominar.
Os desenhos tácticos de Paulo Bento e de Joachim Loew proporcionaram um encaixe praticamente perfeito no meio-campo, com o trinco Miguel Veloso a vigiar Ozil, enquanto João Moutinho e Raul Meireles estavam atentos a Khedira e Schweinsteiger.
Com o congestionamento ao centro, as alas começaram por ser as armas mais utilizadas e Boateng foi o primeiro a criar um desequilíbrio, logo aos dois minutos, ao cruzar da direita para Gomez cabecear de forma praticamente inofensiva.
Fábio Coentrão tentou responder imediatamente, no entanto, foi a Alemanha a acercar-se novamente da baliza lusa aos nove minutos, com um remate de primeira de Podolski, após cruzamento de Muller, para defesa de Rui Patrício.
Só aos 18 minutos, Portugal assustou Neuer, através de uma arrancada de Cristiano Ronaldo, que fintou Boateng e serviu Postiga, para este, pressionado, não conseguir desviar para a baliza.
A 'mannschaft' acelerava o jogo e Khedira conseguiu mesmo libertar-se de Meireles para servir Gomez, que ainda acertou na baliza portuguesa, depois de o árbitro Stéphane Lannoy ter considerado faltosa a intervenção do médio do Chelsea.
Até ao intervalo, apesar das tentativas de Podolski e Muller, o melhor remate saiu do pé direito de Pepe, aos 45 minutos, após um canto da direita de Moutinho. O tiro colocado do central surpreendeu Neuer, acertou na trave e ainda bateu sobre a linha de golo, sem a ultrapassar.
As tentativas de Muller e Khedira mostraram a vontade alemã, logo nos minutos iniciais da segunda parte, mas Ronaldo respondeu à altura, com um remate rasteiro, aos 49, e nova investida pela esquerda, no minuto seguinte, mas Hummels evitou que a bola chegasse a Postiga.
Aos 64 minutos, não fosse o corte de Boateng e o capitão português teria, pela primeira vez, oportunidade de tentar um remate dentro da área, em vez de assistir, graças a um passe impecável de Moutinho.
Quando Miroslav Klose já estava preparado para entrar em campo, Gomez fez Loew adiar a sua substituição com o cabeceamento certeiro que deu vantagem à Alemanha, aos 72 minutos, aproveitando um cruzamento largo de Khedira da direita.
Depois de Ronaldo ter obrigado Neuer a ceder canto e Nani acertado na trave, com um cruzamento ameaçador, foram Nelson Oliveira e Varela, as apostas de Paulo Bento para os lugares de Postiga e Meireles, a criar perigo na baliza alemã.
O avançado do Benfica segurou uma bola na área, surpreendeu três defesas alemães e assistiu Varela, que, só com Neuer pela frente, não conseguiu restabelecer a igualdade, a dois minutos do final.
Notas
  • Portugal revelou muita serenidade e depois de dois péssimos resultados em amigáveis fez sonhar os portugueses.
  • A finalização continua a ser um pecado maldito. Só a perder, Portugal assumiu o domínio total do jogo. Não o poderia ter feito antes?
José Barros, Treinador 
"Acaba por ser um resultado com um sabor de injustiça. Portugal deu a iniciativa de jogo à Alemanha. Através da qualidade do Mário Gomez, os alemães marcaram de forma injusta. Portugal assumiu o jogo, tentou criar várias oportunidades que não conseguiu concretizar. O empate seria mais justo."

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