quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mais uma demonstração de Crer e Querer


A AD Camacha deslocou-se no passado domingo até Trás-os-Montes para, em pleno nordeste transmontano, defrontar o Macedo de Cavaleiros, em partida a contar para a 18ª jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão – Zona Norte. Frente a frente, nada mais nada menos que, o 8º (Macedo de Cavaleiros) e 9º (AD Camacha) classificados, apenas separados na tabela classificativa por um ponto.
Tratou-se de um encontro bastante disputado, com oportunidades de golo para ambas as equipas, como aliás o comprova o próprio resultado, pese embora algum domínio ofensivo dos da casa, quase sempre bem contrariado pelos atletas da Camacha. Que posteriormente, aproveitavam o maior balanceamento ofensivo dos seus opositores, para explorar os espaços concedidos por este na sua zona mais recuada e assim criarem também as suas oportunidades.
Logo desde os instantes iniciais, o Macedo procurou dominar o encontro e imprimir um ritmo elevado na partida, no entanto, a Camacha respondia bem, sustendo as investidas ofensivas adversárias em zonas ainda distantes da sua baliza, procurando de seguida, após a recuperação do esférico, causar dificuldades à organização defensiva dos locais, através de rápidas transições ofensivas.
Assim sendo, o cronómetro marcava já 12’ de jogo, quando surgiu o primeiro remate a uma das balizas. Remate esse, da autoria de Zé Tiago, médio do Macedo, realizado ainda de fora da área da Camacha e que não criou perigo de maior para a baliza de Luís Ribeiro. A Camacha respondeu logo de seguida, aos 14’ e aos 17’, usando precisamente a mesmo solução, ou seja, através de remate exterior, primeiro por intermédio de Ricardo Fernandes e posteriormente por intermédio de Barreto.
A reação dos da casa não tardou e à passagem do minuto 19, naquele que foi o seu 2º remate no jogo, chegariam mesmo à vantagem no marcador, num lance de alguma infelicidade para a turma da Camacha, uma vez que, o remate de Torry desviou num defensor Camacheiro e traiu o jovem guarda-redes Luís Ribeiro.
Embalados pelo golo alcançado e aproveitando, igualmente, algum desalento momentâneo dos jogadores da Camacha, por mais um golo sofrido num lance de infortúnio para a equipa, à imagem do sucedido em jogos anteriores recentes, o Macedo arrancou para o seu melhor período em todo o jogo, conseguindo aproximar-se da baliza Camacheira com maior frequência, ora através de remates exteriores, ora na sequência de cruzamentos para a área ou de lances de bola parada.
Por outro lado, fruto desse maior balanceamento ofensivo, o Macedo concedia igualmente maiores espaços na sua zona mais defensiva, que os jogadores da Camacha iam procurando explorar. Até que, aos 26’ num lance de insistência dos camacheiros, Douglas é solicitado nas costas da defensiva adversária e já no interior da área é travado em falta por um opositor. Originando a grande penalidade que o árbitro assinalou prontamente e que Ricardo Fernandes converteu de forma eficaz alcançando o 1 a 1.
Foi então a vez do Macedo acusar o golo sofrido. E ao invés, os jogadores da Camacha iam readquirindo a serenidade “perdida” aquando do golo adversário e equilibrando novamente o jogo. E por isso, só nos 5’ finais da 1ª parte, o Macedo voltaria a aproximar-se com alguma frequência e algum perigo da baliza camacheira. No entanto, a igualdade no marcador, subsistiria até ao intervalo.
No reinício do jogo, a AD Camacha entrou mais forte, conseguindo nos minutos iniciais da 2ª parte, manter o adversário afastado da sua baliza e ao mesmo tempo chegar e fazer com que o jogo fosse disputado mais próximo da baliza do Macedo. Mas, a pouco e pouco, os da casa, foram reequilibrando a partida.
Já com mais um elemento na frente de ataque, o Macedo passou a assumir novamente o domínio do esférico e a conseguir aproximar-se mais da baliza camacheira. O técnico José Barros respondeu, refrescando o ataque da sua equipa, trocando André Recife por Marocas.
Até que, aos 61’, o Macedo consegue novamente colocar-se em vantagem no marcador, através de André Rateira, que já no interior da área, em zona quase frontal, conclui, com um remate forte e colocado, uma iniciativa de ataque da sua equipa, desenvolvida pelo lado contrário (esquerdo).
O golo “desinibiu”, uma vez mais, os atletas da casa que passaram a actuar de forma ainda mais determinada, mais rápidos e objectivos, obrigando a estrutura defensiva camacheira a estar em alerta constante. Os jogadores da Camacha iam correspondendo em termos defensivos, procurando minimizar o perigo para a sua baliza, e respondendo em termos ofensivos, procurando aproveitar também as lacunas do adversário e os espaços que ia concedendo.
Por esta altura, embora os da casa tivessem maior domínio do esférico e actuassem mais próximos da baliza de Luís Ribeiro, concediam igualmente alguns espaços “perigosos” na sua zona mais defensiva, que a Camacha podia e tentava aproveitar, mas que por alguma falta de frescura física e/ou alguns erros ao nível da decisão não conseguia aproveitar de forma mais eficaz. Dai que, o golo pudesse surgir para qualquer uma das equipas.
Até que, à entrada dos 5 minutos finais da partida, na sequência de um lance de bola parada, Rui Manuel, bem no interior da área adversária e completamente esquecido pelos mesmos, consegue dar o melhor seguimento ao cruzamento de Narcisse, cabeceando para o interior da baliza de Pedro Fernandes, estabelecendo desta forma aquele que seria o resultado final da partida (2 – 2).
Até ao final, os jogadores da casa ainda intensificaram as suas ações, bem como, juntamente com o seu público, a pressão sobre o árbitro da partida na tentativa de chegarem novamente à vantagem. No entanto, o resultado não mais se alteraria, premiando desta forma todo o esforço e a capacidade de luta e sacrifício dos atletas da Camacha que, dia a dia, jogo a jogo, vão superando obstáculos e demonstrando todo o seu empenho e profissionalismo.

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